Mariana de Ávila
Especial para o Jornal de Brasília
Escritores, artistas, fotógrafos, cineastas e quem mais desejar podem agora estar mais próximos de conquistar sonhos profissionais. Graças ao financiamento coletivo, ferramenta que vem ganhando cada vez mais adeptos, a realização de um projeto ganha força.
A ideia é simples e funciona como a popular “vaquinha”. Quem tiver projeto, basta se inscrever em algum site de financiamento coletivo explicando a proposta, estabelecendo um prazo e quanto de dinheiro precisa para viabilizar a ideia. Geralmente, o colaborador recebe brindes que variam de acordo com a quantidade de dinheiro doado. Os brindes são estabelecidos por quem cria o financiamento e podem ser livros, CDs, adesivos e várias outras coisas que, normalmente, estão relacionados ao projeto.
Festival
Em Brasília, o coletivo Intrumento de Ver também acredita que o financiamento via site Catarse pode ajudar a realizar projetos. Após três anos com o espetáculo O Que me Toca é Meu Também, eles foram convidados para participar do Festival Pisteurs D’Éstoiles, na cidade de Obernai, localizada na França. Maíra Moraes, gestora do coletivo e integrante do espetáculo, está confiante. “Acredito que a gente vai conseguir. Já tem muita gente ajudando”, diz. Para ela, o financiamento veio para ajudar várias áreas e é uma forma do público opinar sobre o que quer ver. “É realmente uma oportunidade da população dizer ‘quero isso e vou apoiar'”, acredita Maíra.
Incentivado por um amigo produtor cultural, o escritor Sander Venttura, 26 anos, também tenta, por meio do financiamento coletivo, lançar seu livro Suíte 12 e Os Poemas Livres. A obra é uma coletânea dos melhores textos escritos pelo autor nos últimos seis anos.
Ele, que já recebeu apoio de familiares e amigos, pretende ainda buscar suporte de patrocinadores e empresários que também se interessarem pela proposta. “A primeira vantagem do financiamento coletivo, além de realizar sonhos, é a exposição que acaba acontecendo”, comenta.