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Viva

Uma ajuda para os artistas: Qualquer um pode ajudar projetos culturais

Arquivo Geral

30/03/2015 7h00

Mariana de Ávila

Especial para o Jornal de Brasília

Escritores, artistas, fotógrafos, cineastas e quem mais desejar podem agora estar mais próximos de conquistar sonhos profissionais. Graças ao financiamento coletivo, ferramenta que vem ganhando cada vez mais adeptos, a realização de um projeto ganha força. 

A ideia é simples e funciona como a popular “vaquinha”. Quem tiver projeto, basta se inscrever em algum site de financiamento coletivo explicando a proposta, estabelecendo um prazo e quanto de dinheiro precisa para viabilizar a ideia. Geralmente, o colaborador recebe brindes que variam de acordo com a quantidade de dinheiro doado. Os brindes são estabelecidos por quem cria o financiamento e podem ser livros, CDs, adesivos e várias outras coisas que, normalmente, estão relacionados ao projeto.

Festival

Em Brasília, o coletivo Intrumento de Ver também acredita que o financiamento via site Catarse pode ajudar a realizar projetos. Após três anos com o espetáculo O Que me Toca é Meu Também, eles foram convidados para participar do Festival Pisteurs D’Éstoiles, na cidade de Obernai, localizada na França.  Maíra Moraes, gestora do coletivo e integrante do espetáculo, está confiante. “Acredito que a gente vai conseguir. Já tem muita gente ajudando”, diz. Para ela, o financiamento veio para ajudar várias áreas e é uma forma do público opinar sobre o que quer ver. “É realmente uma oportunidade da população dizer ‘quero isso e vou apoiar'”, acredita Maíra.

Incentivado por um amigo produtor cultural, o escritor Sander Venttura, 26 anos, também tenta, por meio do financiamento coletivo, lançar seu livro Suíte 12 e Os Poemas Livres. A obra é uma coletânea dos melhores textos escritos pelo autor nos últimos seis anos. 

Ele, que já recebeu apoio de familiares e amigos, pretende ainda buscar suporte de patrocinadores e empresários que também se interessarem pela proposta. “A primeira vantagem do financiamento coletivo, além de realizar sonhos, é a exposição que acaba acontecendo”, comenta. 

Único representante do Brasil
 
Lucas Roger, estudante de Teoria, Crítica e História Arte da Universidade de Brasília, tenta, por meio de financiamento coletivo, participar do projeto MilesKm, no Reino Unido. Aos 19 anos, ele foi um 10 selecionados no mundo inteiro para realizar a residência artística que começa no dia 1º de julho e vai até 30 de agosto. Único brasileiro a ser selecionado, Lucas optou por abrir um financiamento no site Vakinha como tentativa de arrecadar verba para viagem. “É uma forma alternativa de conseguir realizar o projeto. Espero que eu consiga”, explica o estudante, que diz já ter recebido ajuda de amigos e professores.
 
Vaquinha para atrações da própria cidade
 
Em Brasília, existe uma plataforma de financiamento coletivo para projetos locais. O Cultura Crowdfunding (http://culturacrowd.capital) surgiu em 2014, por meio do patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Um dos idealizadores da plataforma, o produtor cultural Gledson Shiva, 36, explica que a modalidade é uma maneira mais simples para se conseguir apoio financeiro. “É uma forma menos burocrática de capturar recursos”, explica. É justamente essa plataforma utilizada pelo cantor Sander Venttura.
No caso específico do Cultura Crowdfunding, há ainda a ideia de incentivar projetos locais e de pessoas que não possuem condições de arcar com altos custos. “Além da plataforma, a gente também oferece assessoria para jovens que têm interesse e talento”, explica Gledson. 

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