Da Redação
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Abrilhantando o tablado da capital, o ilustre jazzista Stanley Jordan faz apresentação única hoje, às 20h, na Sede da Associação Médica de Brasília. Em turnê especial, o músico traz a Brasília um repertório abastecido com clássicos de sua carreira e canções de seu mais novo álbum, Friends. Bem acompanhado, o músico divide os palcos com o baterista Ivan “Mamão” Conti e o baixista Dudu Lima. A responsável pela abertura do evento é a jazzista Ithamara Koorax.
O show é parte do projeto Social Jazz, e a cada ingresso vendido, uma cesta básica será destinada à instituição Vila do Pequenino Jesus (Lago Sul), que atende pessoas com necessidades especiais.
Dono de um talento nato, o jazzista norte-americano Stanley Jordan estudou por anos se aperfeiçoando a uma técnica particular de tocar guitarra, até mudar-se para Nova York, no final da década de 1970. Apesar de ter ganho uma bolsa para estudar na Universidade de Princeton, o pianista e guitarrista optou por ser um músico de rua, tocando na Filadélfia, onde nasceu.
Início de carreira
Stanley foi logo descoberto e começou, então, a tocar ao lado dos jazzistas Benny Carter e Dizzy Gillespie. A partir daí, tudo aconteceu muito rápido. Em 1982, ele lançou um disco de forma independente. E, em seguida, gravou o álbum Magic Touch, pela Blue Note, que causou forte impacto na indútria fonográfica, alavancando sua carreira.
Confiante, o guitarrista passou a misturar jazz e pop, surpreendendo o público e demonstrando seu crescimento musical.
O jazzista tem mais de 30 anos de carreira, 14 discos gravados e quatro Grammys. Apaixonado pelo Brasil, ele tocou aqui pela primeira vez no Free Jazz Festival, em 1986, e repetiu o feito por diversas vezes.
E, em 2005, chegou, inclusive, a gravar um disco com artistas nacionais. No repertório, vários clássicos da bossa nova, como Corcovado, Insensatez, Partido Alto e Brigas Nunca Mais.
Ultimamente, ele inclui o País como roteiro obrigatório de turnês, tendo feito seguidas apresentações com o baterista Ivan “Mamão” Conti, integrante do lendário grupo Azymuth, e o baixista mineiro Dudu Lima, no baixo acústico, elétrico de 4, 5 e 6 cordas.
Interpretando clássicos da música brasileira e da bossa nova, além dos standards do jazz e músicas próprias, o trio acabou desenvolvendo um trabalho de alto nível técnico que já foi comprovado em mais de 80 shows, o que resultou em sessões de gravação que podem render um trabalho futuro já bastante aguardado.