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Teatro e Dança

Miá Mello traz a peça “Mãe Fora da Caixa” de volta a Brasília no Teatro UNIP

A montagem é apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Brasal, com apoio da LIBBS. As sessões acontecem aos sábados, às 20h, e domingos, às 19h30

Aline Teixeira

22/08/2025 5h00

mãe fora da caixa (2)

Foto: Divulgação

Sucesso absoluto de público por onde passa, o espetáculo “Mãe Fora da Caixa”, estrelado por Miá Mello, chega a Brasília para curta temporada no Teatro UNIP, a partir deste sábado (23), dentro do Circuito de Teatro Brasileiro. A montagem é apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Brasal, com apoio da LIBBS. As sessões acontecem aos sábados, às 20h, e domingos, às 19h30.

Baseada no best-seller homônimo de Thaís Vilarinho, a peça tem direção de Joana Lebreiro e texto de Cláudia Gomes, roteirista da Rede Globo e criadora do blog Humor de Mãe. Em cena, Miá interpreta uma mãe às voltas com os dilemas da maternidade real, entre risos e lágrimas, em uma dramaturgia que mistura humor, afeto e identificação imediata com a plateia.

Com mais de 200 apresentações e já vista por 120 mil pessoas, a montagem comemora cinco anos em cartaz e, recentemente, virou filme — ainda inédito, mas já finalizado. Miá revela a ansiedade pela estreia nas telas:

“Eu sinto que esse filme ainda está na incubadora, mas já vi pronto e está lindo! No teatro, a personagem é só a ‘Mãe’, propositalmente sem nome. Já no cinema, ela vira a Manu, mãe da Nina e esposa do André, com emprego, rotina, vida. Foi incrível ver essa história ganhar corpo de outra forma. Estou ansiosa para mostrar ao público, acredito que até o meio do ano que vem ele será lançado.”

mãe fora da caixa (1)
Foto: Divulgação

Teatro que acolhe

O tom confessional da peça cria momentos de cumplicidade com o público. Ao longo desses anos, Miá coleciona histórias que surgiram nas trocas ao final das sessões. “Já vivi de tudo: mães que riram até chorar, mães que choraram até rir. Uma vez, uma mãe contou que no terceiro filho não tinha preparado nem mala de maternidade. Chegou a improvisar um enfeite na porta com uma jaquetinha de couro da Harley Davidson, e o bebê acabou sendo apelidado de Harley pela enfermeira. Essas histórias mostram como a maternidade é cheia de humor, improviso e verdade”, explica.

A atriz reforça que a peça vai além do riso. “Eu sinto que ela acolhe. A maternidade pode ser muito solitária, essa ‘solidão acompanhada’. Mas quando você percebe que não está sozinha, tudo muda. Cada sessão é também uma troca, quase como se o público me devolvesse uma peça. Esse acolhimento é o que dá tanta força ao espetáculo.”

Identificação imediata

Na trama, acompanhamos uma mãe que já tem uma filha de sete anos e espera, ansiosa, o resultado de um novo teste de gravidez no banheiro. Em cinco minutos, cabem lembranças, angústias, humor e contradições que ecoam em qualquer espectador.

“Temos essa sobrecarga mental de querer dar conta de tudo: ser boa mãe, boa profissional, boa esposa, estar com amigos. Mas, no fundo, a peça mostra que não estamos sozinhas. Por mais que eu diga que não é a minha história, ela poderia ser. E pode ser a história de muita gente”, completa Miá.

Um fenômeno da cena teatral

Desde sua estreia, “Mãe Fora da Caixa” passou por cidades como Rio de Janeiro, João Pessoa, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas, Salvador, Curitiba e Goiânia, sempre lotando teatros.

Em Brasília, a peça retorna após temporadas de sucesso. Miá celebra a volta à capital, agora com quatro sessões confirmadas. “Estou muito feliz de voltar a Brasília! Já estive aí e foi um sucesso. Agora, com sessões extras, sinto que é um presente para mim e para o público. É uma peça que eu poderia fazer a vida inteira, porque continua sendo relevante, emocionante e transformadora”, finaliza.

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