Por mais de duas décadas, o Dança em Trânsito vem transformando praças, teatros e espaços públicos em palcos vivos da dança contemporânea. Criado em 2002, o festival internacional tem como foco não apenas a exibição de espetáculos, mas também o fortalecimento da arte como ferramenta de desenvolvimento social, democratização cultural e formação artística.
Neste sábado, o festival chega a Brasília com uma programação que leva ao público da capital obras de companhias nacionais e internacionais, em diálogo com os espaços da cidade e com sua diversidade de públicos. Com curadoria e direção de Flávia Tápias, o evento se consolidou como um dos mais relevantes do cenário da dança no Brasil.
A cada edição, o festival assume novos contornos. “Todo ano é um desafio novo porque os espetáculos são diferentes. Então, por mais que às vezes você vá para aquela mesma cidade, o festival ocupa diferentes espaços. Nem sempre ele está nos mesmos teatros, nas mesmas praças urbanas, no jardim ou no mesmo museu. Então é sempre um desafio”, explica Flávia. Essa constante reinvenção faz parte da essência do Dança em Trânsito, que se adapta aos contextos locais e amplia o alcance da linguagem corporal em suas diversas expressões.
Ao longo de sua história, o festival já promoveu mais de 1.200 apresentações, reuniu 143 companhias nacionais e 81 internacionais, percorreu 43 cidades dentro e fora do Brasil e alcançou mais de 100 mil espectadores.
“A evolução do Dança em Trânsito veio muito nesse lugar da circulação. Ele saiu só do Rio de Janeiro. Ele já sempre circulou entre espaços convencionais, teatros e rua, ocupações urbanas. Mas de 2002 até hoje ele agora circula entre as cinco regiões, aproximadamente 33 cidades, dentre grandes metrópoles e cidades menores, onde a arte tem um pouco menos de acesso”, detalha a curadora.
Mais do que apresentações, o festival aposta em um formato abrangente e engajado. Oficinas, workshops, residências artísticas e trocas entre artistas são pilares fundamentais do projeto, que desde sua origem combina a criação artística com ações formativas. Esse viés educativo não só fortalece o desenvolvimento profissional de artistas, como também fomenta o surgimento de novos públicos e iniciativas locais.
Alinhado aos princípios do ESG (Environmental, Social and Governance), com ênfase no aspecto social, o Dança em Trânsito visa gerar impacto positivo por meio da cultura. Promove inclusão, fomenta a economia criativa e trabalha para reduzir desigualdades ao levar arte a regiões com menor acesso a bens culturais.
Festival Dança em Trânsito
Onde: Museu Nacional da República
Quando: 2 de agosto, sábado, a partir das 17h
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