Durante o mês de agosto, o grupo brasiliense As Fulô do Cerrado promove o projeto Tem Brincante no Cerrado: Introdução a Danças e Brincadeiras da Cultura Popular, levando oficinas gratuitas para cinco regiões administrativas do Distrito Federal.
A iniciativa vai apresentar ao público passos do Cavalo Marinho (PE), o trupé do Samba de Coco Trupé de Arcoverde (PE) e danças das Bandas de Pife do Cariri (CE), com encontros em Taguatinga, Recanto das Emas, Paranoá, São Sebastião e Guará.
As atividades acontecerão no Espaço Invenção Brasileira (Mercado Sul de Taguatinga), Céu das Artes (Recanto das Emas), Casa de Cultura Martinha do Coco (Paranoá), Biblioteca Comunitária Ludocriarte (São Sebastião) e Casa da Cultura do Guará. Após cada oficina, haverá um pocket show do grupo. A classificação indicativa é de 12 anos, e as inscrições podem ser feitas pelo link.
Vivência e aprendizado com mestres populares
Segundo Laura Xavier, integrante do grupo, a ideia surgiu após uma viagem de pesquisa ao interior de Pernambuco e Ceará, em 2024, para conhecer tradições da cultura popular nordestina diretamente com seus mestres.
“Uma coisa é ter contato à distância, outra é ir até os mestres, aprender a partir da vivência deles e compartilhar o cotidiano. Perceber o quanto a cultura popular é viva, mutável e cheia de energia foi transformador. Queremos que as pessoas também levem isso para o cotidiano delas”, afirma.
A viagem proporcionou experiências marcantes, como dançar cavalo marinho nos folguedos, vivenciar a percussão com os pés no Coco Raízes de Arcoverde e conhecer a sonoridade das bandas de pífano, como a centenária Banda Irmãos Aniceto.
“Será uma honra transmitir isso. Vamos contextualizar a história de cada manifestação, contar sobre a viagem, os elementos e os mestres, além da parte prática com dança e movimento”, completa Laura.

Pocket show
O pocket show foi incorporado como parte essencial do projeto. “Queremos formar plateia para a cultura popular no DF. É no show que colocamos em prática o que foi aprendido e mostramos que, quando houver apresentações, o público pode comparecer e brincar junto. A cultura popular exige troca: é preciso fortalecer os grupos e o público ao mesmo tempo”, explica a musicista.
Cultura popular como energia e coletividade
Para as Fulô do Cerrado, mais do que ensinar passos e coreografias, o projeto busca transmitir a energia, a magia e o senso de coletividade presentes na cultura popular.
“As pessoas fazem cultura popular para viver, para trazer qualidade de vida e felicidade. Queremos que os participantes sintam isso, como sentimos na viagem e como vemos nos mestres”, diz Laura.
Próximos passos do grupo
Paralelamente ao projeto, o grupo prepara seu primeiro álbum, com 90% de composições autorais, reunindo nove anos de trajetória em dez faixas.
“Estamos em processo de gravação, muito empenhadas e apaixonadas. Estamos entregando tudo nesse álbum”, revela Laura.
Programação completa:
– 16/08 – sábado, 14h, Taguatinga (Invenção Brasileira – Mercado Sul)
– 17/08 – domingo, 14h, – Recanto das Emas (Céu das Artes)
– 23/08 -sábado, 14h, – Paranoá (Casa de Cultura Martinha do Coco)
– 24/08 – domingo, 14h, – São Sebastião (Biblioteca Comunitária Ludocriarte)
– 31/08 – domingo, 14h, – Guará (Casa de Cultura do Guará)
Tem Brincante no Cerrado: Introdução a Danças e Brincadeiras da Cultura Popular
Quando: mês de agosto de 2025
Onde: Espaço Invenção Brasileira, no Mercado Sul de Taguatinga; Céu das Artes, do Recanto das Emas; Casa de Cultura Martinha do Coco, no Paranoá; Biblioteca Comunitária Ludocriarte, em São Sebastião e Casa de Cultura do Guará
Gratuito
Inscrições pelo link