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Teatro e Dança

“Ápice: ao vivo” transforma mito de Ícaro em espetáculo imersivo

Além do espetáculo, também haverá o lançamento do álbum “ÁPICE” no sábado de estreia

Alexya Lemos

22/08/2025 5h00

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Foto: Divulgação

Após o sucesso do filme ÁPICE: A Experiência, o cineasta brasiliense Salliba prepara-se para levar sua criação a outro patamar. Neste sábado (22), o Teatro da Escola Parque, em Brasília, receberá o espetáculo imersivo ÁPICE: AO VIVO, que une música ao vivo, dança, teatro e projeções visuais em uma narrativa marcada por temas como identidade, ancestralidade, dor e glória.

Uma obra sobre queda e renascimento

Dirigido e idealizado por Salliba, o espetáculo é inspirado no mito de Ícaro, personagem que ousa voar alto demais e despenca. Para o diretor, no entanto, essa queda não representa um fim, mas um começo.

“Ícaro é o mito da ambição, da coragem, mas também da vulnerabilidade. O mito me deu a chave para contar sobre os meus próprios vôos e quedas, sobre o preço da liberdade e da ousadia, e sobre como o renascimento pode ser ainda mais poderoso que a queda. Ícaro não morre, ele se transforma”, explica.

A montagem se estrutura em sete atos, em que o personagem deixa de tentar voar para encontrar força na sobrevivência à queda. Para Salliba, trata-se de uma narrativa que reflete sua própria jornada.

“Desde muito cedo eu entendi que a arte não era só uma escolha, mas um caminho de sobrevivência. Percebi que precisava transformar essa dor em criação, porque só assim ela deixaria de me consumir e passaria a gerar sentido, para mim e para quem me acompanha.”

Integração entre linguagens artísticas

Combinando elementos do cinema, teatro, música e dança, Ápice: ao vivo propõe uma experiência em que não há fronteiras entre as artes. “O cinema dá memória, o teatro dá presença, a música dá alma, e a dança dá corpo. Integrar tudo isso exigiu coragem, fôlego e muito trabalho coletivo. Mas também foi a parte mais bela: provar que não existem fronteiras entre as artes quando a verdade é maior que qualquer formato”, afirma o diretor.

O objetivo, segundo Salliba, é transportar o público para dentro da obra: “O Ápice é som, é imagem, é corpo em movimento. É sentir a respiração do palco, os silêncios, os estalos da queda, a vertigem do voo. Queremos que cada pessoa saia transformada, como quem atravessou uma tempestade e viu a aurora nascer.”

Música como eixo narrativo

A estreia será marcada também pelo lançamento do álbum ÁPICE, composto por Salliba, Thiago Flores e Jovic Beats. A trilha sonora tem papel central na proposta do espetáculo, servindo como fio condutor das emoções que atravessam a narrativa.

De acordo com Jovic Beats, a diversidade de estilos foi um ponto essencial no processo criativo: “A faixa de introdução com o Sujeito traz influências do rock, com guitarras distorcidas que remetem até a elementos de metal, criando uma intro realmente marcante. Temos também faixas mais instrumentais e orquestrais, com violão e piano, trazendo texturas e arranjos diferentes do que costumamos fazer.”

O produtor ressalta que o projeto também incorporou referências do trap, gênero eletrônico de batidas intensas: “No fim, buscamos misturar referências e experimentar sem perder a nossa identidade, criando algo que seja impactante e ao mesmo tempo diverso. Produzimos o álbum inteiro juntos[com o diretor], acompanhando cada etapa do projeto. Acho que foi por isso que conseguimos transmitir essa vibe épica em várias faixas, passando a história da lenda de forma musical e envolvente.”

Espetáculo Ápice
Quando: 22 de agosto de 2025
Onde: Teatro da Escola Parque 307/308 Sul
Ingressos pelo site

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