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Teatro e Dança

Acrobatas idosos e artistas LGBT+ protagonizam festival de circo do Sesc SP

O espetáculo é fruto de pesquisa de jovens artistas negros, periféricos e LGBTQIA+ da Escola Pernambucana de Circo, que misturam dança, equilibrismo e acrobacias em uma narrativa que aborda representatividade e resistência.

Redação Jornal de Brasília

08/08/2025 8h55

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Foto: Reprodução/ Sesc SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A partir desta sexta (8), São Paulo recebe a 8ª edição do Circos – Festival Internacional Sesc de Circo, que ocupa 14 unidades da instituição e seis espaços públicos com espetáculos e intervenções até o dia 24.

A programação reúne artistas de 21 países e de nove estados brasileiros, com destaque à pluralidade da linguagem circense e diversidade de corpos e narrativas no picadeiro. O envelhecimento é um dos temas abordados pela edição. Em “Glorious Bodies”, do grupo belga Circumstances (dias 15 e 16/8, às 20h, no Sesc Consolação), acrobatas com mais de 60 anos exploram equilíbrio, gravidade e resistência.

Já “Vetus Venustas”, da espanhola Cía Cíclicus (sábado, 9, às 20h, e domingo, 10, às 18h, no Sesc Consolação), apresenta artistas entre 67 e 80 anos em um espaço abandonado, refletindo sobre tempo, memória e a própria trajetória no circo.

Do lado brasileiro, “A Maçã”, de William Seven (dias 19 e 20/8, às 20h, no Sesc Pinheiros), usa mágica, teatro e música para falar dos efeitos do Alzheimer sobre pacientes e familiares.

Há também foco em produções que conectam arte e ativismo. A apresentação brasileira “Tarântula Transita”, da artista Vulcanica Pokaropa (terça, 12, às 15h e às 20h, no Sesc Pompeia), usa humor, mágica e manipulação de bonecos para resgatar memórias da repressão contra pessoas trans durante a ditadura militar.

A produção australiana “Dirty Laundry”, do grupo queer Briefs Factory (dias 20, 21 e 22/8, às 21h, no Sesc Pompeia), transforma o palco em uma festa com números acrobáticos, malabarismo com bolas, bambolê em chamas e espuma de sabão. A montagem questiona padrões sociais e celebra a liberdade de ser.

Outro destaque nacional é o “Circo Science – Do Mangue ao Picadeiro”, da Trupe Circus (12 e 13/8, às 20h, no Sesc Bom Retiro), que homenageia Chico Science e os 30 anos do movimento manguebeat.

O espetáculo é fruto de pesquisa de jovens artistas negros, periféricos e LGBTQIA+ da Escola Pernambucana de Circo, que misturam dança, equilibrismo e acrobacias em uma narrativa que aborda representatividade e resistência.

A programação inclui ainda apresentações sobre a história do circo. Como em “Mina – Corpo Multidão” (dias 22 e 23/8, às 20h, no Sesc Pinheiros), performance que homenageia a pesquisadora Ermínia Silva. Já em “Memorável-Histórias Notáveis” (dias 23 e 24/8, às 12h, no Sesc Santana), a ideia é refletir sobre a posição de resistência e acolhimento ocupada pelos circos.

As atividades acontecem em diferentes regiões da cidade, incluindo as unidades do Sesc: 14 Bis, 24 de Maio, Avenida Paulista, Belenzinho, Bom Retiro, Carmo, Consolação, Galeria, Ipiranga, Interlagos, Pinheiros, Pompeia, Santana e Vila Mariana.

Fora dos Sescs, há atrações em locais como Bulevar do Rádio, Centro de Memória do Circo, Museu do Ipiranga, Parque da Independência, praça da Sé e Theatro Municipal.

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