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Rubem Grilo expõe mais de 200 obras

Arquivo Geral

11/05/2011 8h49

Foto: Reprodução

Camilla Sanches
camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br


Mineiro de Pouso Alegre, Rubem Grilo é considerado um dos maiores expoentes da gravura no Brasil e, aos 40 anos de carreira, traz a Brasília – a partir desta quarta-feira até 26 de junho, na Galeria Principal da Caixa Cultural –  207 obras feitas ao longo dos últimos 26 anos.

A exposição Rubem Grilo – Xilográfico (1985 a 2011) tem curadoria do próprio artista e reúne o trabalho de mais de duas décadas, com foco na produção mais recente do xilogravador. “Não consigo cronometrar todos esses anos. Lembro de cada xilogravura como se tivesse feito ontem”, comenta.

 

De acordo com ele, o recorte dado à exposição marca um momento em que a produção começava a se definir, isto é, criar uma identidade. “A sedimentação me dá uma base para ter como autorreferência”.

 

As obras, na opinião do artista, refletem uma continuidade na obsessão de tentar encontrar o novo. “Implica na dependência temporal porque uma obra sozinha é descavada”. Ele continua: “Na obra, você se expõe, se desprotege, como se você tirasse sua pele e sentisse o ambiente em carne viva”.

Paralelamente ao mergulho nas questões humanas, seu processo criativo remete-se para o fato plástico essencial: a síntese gráfica na construção do espaço.  “Não faço obra para agradar ou pendurar na parede. Faço para contar aquilo que o público e até eu mesmo não sei”.

 

O acervo exposto trata-se da mais significativa exposição em suas quatro décadas de atividade profissional. “Não se trata de uma retrospectiva, a mostra resume obras produzidas durante os últimos 26 anos, com ênfase no tempo de trabalho e no quanto ele interferiu na produção das obras”, explica.

 


Biografia


Aos 65 anos, Rubem Grilo realizou cerca de 60 mostras individuais e participou em mais de cem coletivas no Brasil e no exterior, entre elas duas Bienais de São Paulo (1984 e 1998).

 

Mudou-se de Pouso Alegre, sua cidade natal, em 1971, para o Rio de Janeiro – onde vive até hoje – e é lá que dá início às primeiras obras. “A intenção inicial era fazer esculturas e achei que a xilogravura, como técnica, seria interessante como formação profissional. E, na época, havia um apelo pela xilogravura”, lembra.

 

Ilustrou, entre 1973 a 1985, as páginas dos jornais Opinião, Movimento, Pasquim, Jornal do Brasil e Folha de São Paulo. Atualmente ilustra, aos domingos, a crônica de Ferreira Gullar no caderno Ilustrada da Folha de São Paulo.


Rubem Grilo Xilográfico (1985 a 2011) –
A partir desta quarta até 26 de junho, na Galeria Principal a Caixa Cultural Brasília. Visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 21h. Entrada franca. Classificação livre.

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