Camilla Sanches
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O Festival Grito Rock Brasília vai curar a ressaca dos foliões com muitas guitarras, de quinta a domingo, no palco do Cult 22 Rock Bar, numa maratona musical com 24 bandas de Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Amazonas e Ceará, além do Distrito Federal.
Para a abertura, esta quinta, a partir das 22h, seis atrações se apresentam, três da cidade (Turrón Presidencial, Desdobradores do Tempo no Horizonte Vertical e The Neves) e outras três de fora: Dom Capaz (MG), Sinais Invertidos de um Mágico (PA) e Novos Vinis (GO).
A divisão segue assim até o último dia do evento, com 12 bandas locais e 12 de outros estados. De acordo com Fernando Jatobá, guitarrista da banda Brown-Há e integrante do Coletivo Esquina, realizador do festival em Brasília, alguns grupos foram escolhidos por uma seletiva feita pela internet com a ajuda do público. A banda dele toca amanhã, ao lado das brasilienses Etno, Darshan, dos pernambucanos do Gandharva, The Dust Road, do Amazonas, e Butterflies, do Ceará.
“O evento surgiu como um protesto ou, melhor dizendo, uma alternativa àqueles que não curtem os atrativos do Carnaval”, explicou o músico, que, com os colegas João Paulo Campos (vocal), João Henrique Dias (guitarra), Pepy Gonçalves (bateria) e Murilo Sabrino (baixo), apresenta repertório do EP lançado em 2008 e do último single, que saiu nesta segunda-feira, com três músicas novas: MD, Loucura e Tender.
“Cada banda terá 30 minutos para fazer seu show. Nossas músicas são autorais e fazemos um rock’n’roll dançante, com influências da década de 1970, como Led Zeppelin e Pink Floyd”, descreve Jatobá, que depois toca pelo festival em Uberaba (MG) e Anápolis (GO).
Ao redor do mundo
O Grito Rock é realizado em outras 129 cidades de dez países. Considerado o maior festival integrado da América Latina, o evento recebe ainda, no sábado, x Lost in Hate x (DF), Violator (DF), Moretools (DF), Uganga (MG), Mugo (GO) e Sangue Seco (GO).
Para encerrar, no domingo, sobem ao palco Trampa (DF), Valdez (DF), Besouro do Rabo Branco (DF), Black Drawing Chalks (GO), Evening (GO) e Hellbenders (GO).
“Faremos um set list mais enérgico, sem baladas, para a galera se divertir bastante”, adianta André Noblat, vocalista da Trampa.
A banda se apresentou na terça-feira passada, no Palco do Rock, em Salvador, onde o cantor torceu o pé, antes de subir ao palco. “Pisei em falso num degrau, mas faz parte, é divertido, nada que impeça de fazer o show no domingo”, garante.
O repertório será baseado no primeiro álbum da banda, Te Presenteio com a Fúria, e, de acordo com o vocalista, algumas surpresas do novo CD, em fase de pré-produção e previsto para ser lançado no segundo semestre deste ano. “Vai ser um show que a galera vai pular do início ao fim”, avisa.
A Trampa lança ainda este ano outro projeto o DVD Trampa Sinfônica, gravado em 2008, com a participação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, enquanto ainda sob a regência de Silvio Barbato. O maestro estava no voo da Air France, desaparecido no Oceano Atlântico, em 2009.
A banda faz turnê nacional para divulgar o trabalho, a partir da maio, e passa por quatro capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife.
Serviço – De quinta a domingo, a partir das 20h, no Cult 22 Rock Bar (CA 7 do Lago Norte, perto do Iguatemi Brasília). Ingressos: R$ 5, até 22h, e R$ 7, após. Não recomendado para menores de 18 anos.