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Rio de Janeiro inspira animação em 3D

Arquivo Geral

08/04/2011 10h15

Anna Beatriz Lisbôa
anna.lisboa@jornaldebrasilia.com.br

O Rio de Janeiro serve de cenário para as aventuras dos animais. (Foto: Divulgação)Rio, animação que estreia hoje, é um sonho de muito tempo do carioca Carlos Saldanha. Radicado há 20 anos nos Estados Unidos, ele ganhou destaque no mundo da animação com a bem-sucedida trilogia A Era do Gelo. Após dividir a direção de A Era do Gelo (2002) com Chris Wedge, ele assumiu sozinho o segundo e terceiro filmes da franquia –  o último levou quase 10 milhões de espectadores ao cinema no Brasil. 

Não é à toa que o brasileiro está com moral na Fox. Para sua animação na Cidade Maravilhosa, o estúdio liberou quase US$ 100 milhões. O esquema de divulgação não é menos espalhafatoso.

Em março, estrelas de Hollywood como Anne Hathaway, Jesse Eisenberg e Jamie Foxx, que fazem a dublagem em inglês das aves protagonistas, desembarcaram no Rio de Janeiro para badalada pré-estreia mundial. Além disso, o filme tem o maior lançamento da história do Brasil: será exibido em 1.008 salas, em cópias em 3D e convencionais. Em Brasília, a animação poderá ser vista em 38 salas.

Em Rio, Saldanha despede-se do frio glacial de A Era do Gelo e nos guia por uma divertida aventura nos trópicos. Essa transição climática existe no filme, que começa em uma cidade congelada em Minnesota (Estados Unidos). Lá vive Blu, ararinha-azul criada por Linda. Na livraria da dona, Blu tem uma vida confortável, porém nunca aprendeu a voar.

Filme bate recorde de lançamento, entrando em cartaz em 1008 salas no País. (Foto: Divulgação)O mundo da arara vira de pernas para o ar quando Túlio, um cientista brasileiro, propõe que Linda e o bichinho embarquem para o Rio de Janeiro a fim de encontrar Jade, a única fêmea que sobrou da espécie, evitando, desta forma, sua extinção.

No Rio, a ararinha “gringa” precisa lidar com o jeito voluntarioso de Jade e traficantes de animais, em plena semana de Carnaval.

Saldanha consegue recriar o encanto associado à Cidade Maravilhosa. O longa é quase um roteiro turístico: das belas paisagens aéreas, aos momentos de tensão no meio da Sapucaí. Até os labirínticos morros cariocas servem de cenário para perseguições desastradas. Os espaços são utilizados com a propriedade de quem conhece a cidade.

Os números musicais fazem referências estéticas aos musicais da Fox dos anos 1940 (estúdio, que, além de bancar Rio, também fez de Carmem Miranda uma estrela na época). No entanto, o olhar estrangeiro, que sempre marcou a forma com que o Brasil era representado no cinema, é diluído aqui. Saldanha consegue equilibrar a necessidade de comercializar o filme no mercado internacional, com o desejo de criar um universo com que os brasileiros consigam se identificar.

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