O ano de 2025 foi marcado por grandes fatos na cultura do Distrito Federal, do Brasil e do mundo. São muitos que é até impossível listar todos, mas o Jornal de Brasília separou alguns para trazer aquela nostalgia boa – e em alguns casos, infelizmente, tristeza.
São muitos fatos memoráveis que marcaram o ano e que não devem ser esquecidos, pois afinal memórias foram feitas para serem cultivadas e lembradas – jamais esquecidas. No DF, tivemos shows históricos nacionais e até internacionais, além de muitos espetáculos vibrantes com elenco de peso.
No país, os brasileiros continuam a sorrir com a força do cinema nacional, que se destacou – e promete muito mais em 2026 – com o filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho. O Brasil também se despediu de grandes nomes da música nacional, como Preta Gil e Lô Borges. Outras despedidas internacionais também chocaram a nação brasileira.
Cinema
No início de janeiro – pós festas de ano novo –, a atriz Fernanda Monte Negro ganhou o prêmio de melhor atriz de filme de drama no Globo de Ouro, com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. O cinema brasileiro iniciou – e terminou (veja abaixo) – o ano com pé direito, e a festa ficou completa com o primeiro Oscar do Brasil. Ainda Estou Aqui se consagrou em março com o prêmio de Melhor Filme Internacional.

O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, é a grande aposta do Brasil para o Oscar 2026, e já finalizou 2025 com recorde de público, além de três indicações ao Globo de Ouro, por melhor filme de drama, melhor filme em língua estrangeira e melhor ator, com Wagner Moura. O filme também encerrou o ano com a pré-indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco – categoria nova na premiação.
Grandes lançamentos
Além dos destaques no cinema nacional com premiações para Ainda Estou Aqui e indicações para O Agente Secreto, outros lançamentos nacionais marcaram o ano, como o documentário Milton Bituca Nascimento, dirigido por Flavia Moraes e a cinebiografia Homem com H, dirigida por Esmir Filho.

Dentre as estreias internacionais aguardadas de 2025 estavam: O Brutalista, de Brady Corbet; Um Completo Desconhecido, de James Mangold; Premonição 6 – Laços de Sangue, de Zach Lipovsky e Adam B. Stein; Missão Impossível – O Acerto Final, de Christopher McQuarrie; o live-action de Como Treinar o Seu Dragão, de Dean DeBlois; F1 – O Filme, de Joseph Kosinski; o novo Superman, de James Gunn; Truque de Mestre: O 3º Ato, de Ruben Fleischer; o musical Wicked Parte 2, de Jon M. Chu; e entre outros.
TV
O remake de Vale Tudo estreou, na Globo, no fim de março sob pressão. A trama atraiu antigos – e até novos – telespectadores. A novela até inovou no final, mas não deixou de sofrer críticas de quem acompanhou a história. Afinal, como diz o ditado “se melhorar estraga”. Em alguns casos é melhor não ter remake, mas quando não se tem nada melhor o jeito é repetir o que fez sucesso.

Shows históricos na capital
Já consolidado no calendário carnavalesco nacional e local, o Ensaio da Anitta 2025 marcou presença em Brasília – e já está garantido em 2026. O cantor Diogo Nogueira, ícone do samba, foi outro que animou o DF no início do ano, no pré-carnaval. Em fevereiro, o cantor Chico César participou da 8ª edição do Favela Sounds. Já no segundo semestre do ano, foi a vez de Zé Neto e Cristiano, com o show Intenso; Seu Jorge; Alcione; Vanessa da Mata e Léo Santana.

Outros artistas nacionais que brilharam nos palcos de Brasília em 2025 foram: Fábio Jr. com a turnê Bem Mais Que os Meus 20 e Poucos Anos; Gilberto Gil com turnê de despedida Tempo Rei; Jorge & Mateus com show em homenagem aos 20 anos da dupla; Bruno & Marrone com show Inevitável – A Festa; Sidney Magal e Arnaldo Antunes no Festival de Inverno do Sesc-DF; Daniela Mercury interpretando Chico Buarque em show; além das bandas Roupa Nova e Capital Inicial.
Dentre os destaques internacionais estão: Katy Perry com a turnê The Lifetimes; Guns N’ Roses com a turnê Because What You Want and What You Get Are Two Completely Different Things; Imagine Dragons com a turnê mundial Loom World Tour e Linkin Park com show da turnê From Zero.
Espetáculos marcantes
Grandes atores passaram pelos palcos de Brasília durante o ano de 2025, um deles foi a atriz Maria Padilha com o espetáculo Um Jardim para Tchékhov, estrelado no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Denise Fraga também se destacou com a peça Eu de Você, no Teatro Unip, além do destaque para O Casal Mais Sexy da América com Vera Fischer, Leonardo Franco e Vitor Thiré, no Teatro Poupex.

Outros espetáculos de destaque que passaram pelo DF são: Palavra de Mulher, musical estrelado por Lucinha Lins, Tânia Alves e Virgínia Rosa; o monólogo Virginia, com a atriz Cláudia Abreu; a comédia Antes do Ano Que Vem, com Mariana Xavier; Sangue, com um elenco de peso formado pelos atores Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Marcos Suchara e Rogério Brito; Matilde com Malu Valle e O Bem-Amado, com Diogo Vilela.
Não podemos esquecer de A Última Sessão de Freud, estrelada por Odilon Wagner e Marcello Airoldi; O Cravo e a Rosa – adaptação da novela de Walcyr Carrasco –, com os atores Marcelo Faria e Paloma Bernardi; Zezé Motta com monólogo em homenagem aos seus 80 anos; Duetos, A Comédia de Peter Quilter com Patricya Travassos e Eduardo Moscovis; Troca-Troca com Oscar Magrini, Carla Pagani, Paula Zaneti e Rick Conte e Ficções com Vera Holtz.
Exposições marcantes
Não tem como deixar de citar as grandes exposições que passaram pelo DF este ano, como a mostra História(s) da arte brasileira – multiplicidade da coleção Moraes e Oliveira, com obras do acervo privado dos colecionadores Onice Moraes e José Rosildete de Oliveira, que esteve no início de 2025 na Caixa Cultural Brasília.

A Cia. De Comédia Os Melhores do Mundo completou 30 anos em abril com uma exposição fotográfica na capital digna da altura da companhia. Outras exposições como a da Brasília Design Week 2025 (BDW25); 40 Anos da Democracia – Entre Traços e Cores e o Festival Internacional de Arte Naif (FIAN) também marcaram a capital.
Dados que reafirmam a força do DF
Os dados reafirmam a força da cultura no DF. Entre janeiro e 9 de dezembro de 2025, a Caixa Cultural Brasília recebeu 193.613 visitantes. Esse número representa um crescimento de aproximadamente 85% em relação a 2024, quando o público total foi de 104.886 pessoas. Já o público do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) este ano, até o momento, é de 571,6 mil pessoas, no ano anterior foi de 574 mil pessoas.

“Como temos parte de um mês de férias antes do encerramento do ano, a tendência é que fechemos o ano de 2025 com uma quantidade de público próxima à de 2024”, explica o CCBB. Enquanto isso, o Cine Brasília recebeu 159.531 espectadores, de janeiro a novembro deste ano.
Adeus a celebridades nacionais e internacionais
A TV brasileira sentiu o impacto da morte do ator Francisco Cuoco – um dos grandes galãs da televisão –, aos 91 anos, em 19 de junho. A morte da cantora Preta Gil aos 50 anos, vítima de um câncer colorretal, no dia 20 de julho, chocou o país que torcia por uma reabilitação – que infelizmente não ocorreu. O rock entrou em luto com a morte de Ozzy Osbourne, aos 76 anos, em 22 de julho, – poucos dias antes de realizar seu último show em Birmingham, no Reino Unido.
A música também sentiu a morte da cantora Angela Ro Ro, aos 75 anos, no dia 8 de setembro. Ela foi uma das principais estrelas da MPB. O ator Robert Redford, estrela de Hollywood, também deixou saudades com seu falecimento aos 89 anos, no dia 16 de setembro. A morte das atrizes Claudia Cardinale, no dia 23 de setembro, aos 87 anos, e Berta Loran, no dia 28 de setembro, aos 99 anos, também marcou o país.

Em novembro, dia 2, foi a vez de dar adeus ao músico e compositor Lô Borges. O artista morreu aos 73 anos devido a falência de múltiplos órgãos. No dia 4 do mesmo mês, a capital perdeu um astro, o músico Fernando Lopes, aos 93 anos, que encantava o presidente Juscelino Kubitschek (JK) com sua voz e seus boleros. Ainda em novembro, dia 17, o músico Jards Macalé morreu aos 82 anos. O cantor e compositor jamaicano Jimmy Cliff, também faleceu em novembro, dia 24, aos 81 anos.
Se bateu aquela nostalgia e deseja relembrar melhor os fatos que marcaram o ano cultural do DF – e até ver outros –, acesse nossas edições anteriores e boa leitura!