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Viva

Relações familiares em cartaz

Arquivo Geral

10/04/2013 9h00

 

As relações familiares são discutidas constantemente, seja no teatro, cinema ou televisão. Um dos casos mais bem-sucedidos nos palcos a tratar deste tema é o aclamado espetáculo A Partilha, que retorna aos tablados da capital para nova turnê. As sessões acontecem neste sábado e domingo, na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional (ao lado da Rodoviária do Plano Piloto).

 

Estrelada por Arlete Salles, Elizangela, Patricya Travassos e Alessandra Maestrini, a trama – criada e dirigida por Miguel Falabella – retrata quatro irmãs, logo após a morte da mãe. Na ocasião, elas se reúnem para decidir o que fazer com a herança. O encontro provoca uma catarse na família, obrigando as quatro a mergulharem no passado, deixando vir à tona as diferenças e desafetos de anos de convivência.

“A peça atual resgata a montagem original”, avisa Arlete Salles em entrevista ao Jornal de Brasília.

 

Obra singular

No enredo, cada uma possui suas peculiaridades, como Regina, vivida por Elizangela, que é esotérica e tem uma visão alto-astral da vida. Arlete encarna Lúcia, que abandonou um casamento e o filho para viver um grande amor em Paris. Patricya interpreta a mais conservadora do quarteto, Selma, que vive um casamento tedioso com um militar. E por fim, a caçula Laura, encenada por Maestrini, é uma intelectual que surpreende a família ao se assumir gay.

 

Arlete destaca o sucesso do espetáculo, e conta que a história marcou a carreira das amigas. “Mexeu profundamente com todos que participaram desse belo projeto. Foi o trabalho mais completo que já fiz, como resultado de público, crítica e financeiro”, analisa.

 

 

Versão para o cinema

 

A peça acabou ganhando uma versão nos cinemas em 2001. De mesmo nome do espetáculo, o longa-metragem foi dirigido por Daniel Filho.

 

Na produção, Glória Pires vive a quase vilã Selma. Andréa Beltrão interpreta a personagem Regina, sempre de bem com a vida, que coloca sua liberdade acima de tudo. A atriz Lília Cabral é responsável por colocar a desquitada Lúcia em cena. E Paloma Duarte dá vida à ríspida intelectual Laura, que se descobre homossexual.

 

O diretor comprou os direitos de adaptação para o cinema pouco após a estreia da mon tagem, em 1990. Mas as filmagens só começaram em 2000, sendo concluídas ao longo de cinco semanas, entre os meses de novembro e dezembro daquele ano. A trilha sonora foi assinada pela dupla Nelson e Ed Motta.

 

Premiações

O filme recebeu duas indicações para o Grande Prêmio Cinema Brasil, de 2002, por Melhor Atriz para Glória Pires e Andréa Beltrão. Já no Festival de Cinema Brasileiro de Miami – Estados Unidos, no mesmo ano, venceu na categoria de Melhor Roteiro. Além de conquistar o cobiçado Prêmio da Audiência.

 

Saiba mais


 

Atrizes como Yoná Magalhães, Rosamaria Murtinho e Thaís de Campos participaram da peça, em ocasiões especiais.

A peça foi escrita por Miguel Falabella a partir de uma ideia dada por ele pela global Natália do Vale, quando os dois atuavam como irmãos na novela O Outro. O folhetim também contava com Arlete Salles. As duas fizeram parte da montagem original.

O espetáculo chegou a ser encenado, ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro e em São Paulo, por elencos diferentes.

A peça original contava com Susana Vieira, como Regina; Thereza Piffer, no papel de Laura; Natália do Vale, interpretando Selma; e Arlete Salles, como Lúcia.

A comédia já foi montada e encenada em mais de 12 países.

No ano 2000, Falabella escreveu a continuação, A Vida Passa, para o elenco original.

 

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