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Polêmica do filme Ted abre debate sobre a finalidade da classificação indicativa no País

Arquivo Geral

27/09/2012 11h29

Andréia Castro
andreia.castro@jornaldebrasilia.com.br

A polêmica envolvendo o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e o filme Ted, que está em cartaz nos cinemas brasileiros desde a última sexta-feira, abre discussão sobre a classificação indicativa.

O deputado, que levou o filho de 11 anos para assistir o filme não recomendado para menores de 16 anos, passou a tarde de ontem reunido com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para tentar aumentar a classificação da produção hollywoodiana para 18 e, procurado pelo Jornal de Brasília, afirmou que irá se expressar apenas pelo Facebook e no site: blogdoprotogenes.com.br.

De acordo com o ministro “não cabe ao ministério censurar nada”, apenas estabelecer a classificação indicativa das obras. “Mesmo se a nossa legislação permitisse a censura, nós seríamos contrários a isso”, afirmou. Segundo Cardoso, a equipe responsável por fazer a classificação indicativa segue critérios técnicos.

No Brasil, acompanhadas dos pais, crianças de qualquer idade podem entrar nas salas de cinema, independentemente da classificação indicativa. Ao conversar com a reportagem, o diretor adjunto do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação, Davi Pires, afirmou que “qualquer pessoa pode entrar com um pedido para mudança de classificação. Feita a solicitação, iremos avaliar e decidir se a mudança é necessária ou não”.

Ursinho da discórdia
A medida, segundo o deputado, foi motivada pela constatação de que as imagens não deveriam ser vistas por menores. Ted é o primeiro longa-metragem dirigido por Seth MacFarlane, que criou a série Family Guy (exibida no Brasil pelo canal Fox).

O filme é uma comédia que mostra a amizade entre um homem e seu urso de pelúcia, da infância à idade adulta. Polêmica, a produção mostra o ursinho usando drogas e em cenas de apelo sexual.

Quando o conteúdo recebe a classificação indicativa de 16 anos, é sabido que o filme pode conter relação sexual, nudez, violência detalhada e consumo explícito de drogas ilícitas. O diretor explica que o Ministério da Justiça faz a classificação indicativa para que os pais tenham uma ferramenta de orientação. “Nós apenas indicamos, como o próprio nome sugere, o que é recomendado para cada idade. A decisão de levar ou não o filho ao cinema é do responsável ”, reitera. E completa: “até agora, não recebemos nenhum pedido de reavaliação do filme em questão”.

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