Larissa Santiago
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Se você pudesse ser um animal, qual seria? Questões envolvendo o universo humano e o dos bichos permeiam o espetáculo de Ivaldo Bertazzo, Corpo Vivo – Carrossel das Espécies, que estreia nesta sexta na cidade.
A peça, que ficará em cartaz até domingo na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, estreou no ano passado em São Paulo e vem pela primeira vez a Brasília. A montagem faz parte do projeto, que conta também com o lançamento de um livro e uma série de palestras e workshops.
Corpo Vivo pretende apresentar a evolução dos humanos traçando um comparativo com a evolução dos répteis, pássaros e peixes, por meio da música e da dança. “Enquanto espécie, o homem é uma síntese de todos os outros animais. Na forma de embrião, podemos nos comparar a um peixe. Ao nascer, precisamos nos rastejar como répteis até conseguirmos alcançar a forma de quadrúpede para, enfim, alcançarmos a forma humana como conhecemos. O espetáculo brinca de maneira poética com todo esse processo”, explica o diretor do espetáculo, Ivaldo Bertazzo.
A montagem conta com o ator convidado Rubens Caribé, participação especial da atriz Regina Elena Mesquita e mais 18 bailarinos da Companhia de teatro e dança Ivaldo Bertazzo. “Todos os dançarinos se apresentam vestidos como pessoas, mas mostram que é possível interpretar animais mecanicamente, por meio de movimentos com o corpo, e por meio do imaginário”, completa.
Durante a apresentação, haverá momentos de interatividade em que os atores instigarão o público a avaliar a importância do corpo como o instrumento das ações cotidianas. Ações que passam despercebidas, mas que são vitais para o ser humano, como a respiração, o ato de piscar os olhos, entre outras tantas. Esse é o objetivo da peça: trazer para o palco, de maneira lúdica e bem-humorada, uma das principais reflexões do homem: a preservação e a degeneração do corpo.
Corpo Vivo – Carrosel das Espécies – Nesta sexta e amanhã, às 21h, e domingo, às 18h, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A entrada é gratuita e os ingressos deverão ser retirados na bilheteria do teatro. Classificação: Livre.
