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Viva

Para quebrar a monotonia

Arquivo Geral

25/03/2011 10h07

Camilla Sanches

camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

Foto: Divulgação

Reavaliar a vida aos 50. É isso que a personagem Beatriz, vivida por Cissa Guimarães, faz na comédia romântica Doidas e Santas, que estreia em Brasília hoje, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro.

“Imagino que toda mulher passe por isso, quando chega a esta idade. Esse momento de reavaliação do que fez até aqui. É uma idade muito interessante”, comentou a atriz, que também produziu a peça. “Hoje, as mulheres alcançam os 50 bem, trabalhando, bonitas, em forma e eu queria falar sobre essa fase e encontrei no livro da Martha Medeiros, o texto ideal”.

Admiradora da autora, a ideia de montar a peça baseada em uma obra de Martha se confirmou quando Cissa leu uma crônica no jornal e enviou um e-mail elogiando a escritora.

“Me respondeu prontamente e ficamos trocando elogios. Perguntei se ela não teria um texto para eu montar e ela me disse que não gostava de escrever dramaturgia”, conta. À época, Martha Medeiros ia lançar, no Rio de Janeiro, o livro Doidas e Santas, no qual o espetáculo é baseado, e convidou a atriz para o lançamento. “Só pelo título, já me interessei”, lembra. “Ela disse que liberava os direitos, caso eu quisesse adaptar. Li o livro na mesma noite e a prova do quanto o texto é bom está aí, comemoramos um ano de estreia em Brasília”.

A adaptação ficou por conta de Regiana Antonini. O espetáculo fica em cartaz até domingo e tem no elenco, ainda, os atores Giusepe Oristanio e Carmen Frenzel.

Em cena, Beatriz é uma mulher moderna, psicanalista, casada há mais de 20 anos com a personagem de Giusepe, Orlando, e cansada da mesma vidinha pacata ao lado de um homem que representa exatamente o seu oposto: previsível, tradicional, amante do futebol e da cerveja nos fins de semana.

Os dois tem uma filha, a adolescente Marina, interpretada por Carmen, que vive ainda a mãe, Dona Elda, e a irmã solteirona, Berenice, de Beatriz.

Foto: Divulgação

 “Cansada da vida sem emoção e rotineira ao lado de Orlando, ela se sente infeliz e acha que a relação com o marido só sobrevive por acomodação. Num desabafo com a irmã, decide se separar”, relata Cissa Guimarães.
A personagem passa, então, a viver como ansiava, solteira, viaja, se diverte, ouve música alta e começa a namorar um garotão de 29 anos. A felicidade alcançada é surpreendida com uma visita do ex-marido, que revela algo que a obriga a mudar seus planos. Terá Beatriz que voltar à vida desanimada e que tanto a aborrecia de antes?

 “O mais legal é que as mulheres se identificam. Não é uma história que reproduza a minha vida, não há coincidências entre a Cissa e a Beatriz, mas querer reavaliar sua vida é algo que pode acontecer com qualquer uma”, acredita a atriz.

Para compor a equipe técnica, Cissa foi criteriosa. A direção ficou a cargo de Ernesto Picollo, com quem já havia atuado, os figurinos são de Helena Araújo e Djalme Brilhante, os cenários de Sergio Marimba, a iluminação de Jorginho de Carvalho e a trilha sonora de Rodrigo Penna.

“Convidei amigos muito queridos e profissionais tarimbados no mercado. Tenho muito orgulho da minha ficha técnica”, completou. Os filhos da atriz, João e Thomaz velho também trabalham com a mãe no espetáculo, como assistente de direção e projeto gráfico, respectivamente.

Doidas e Santas –  Hoje e amanhã, às 21h, e domingo, às 20h. Ingressos: R$ 70, sexta e domingo; e R$ 80, sábado. Valores referentes à inteira. Informações: 3325-6239 e 8402-6000. Não recomendado para menores de 14 anos.

 

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