Da Redação
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Raramente o brasiliense tem a oportunidade de entrar em contato com o trabalho de pintores, desenhistas e escultores europeus. Mas essa realidade vai mudar com a exposição Paixões Privadas: A Arte Europeia nas Coleções Particulares do Rio de Janeiro, em cartaz no Museu Nacional dos Correios (Setor Comercial Sul) até 5 de agosto. A mostra conta com seletas peças de colecionadores brasileiros.
“A intenção é facilitar o acesso da população a essas coleções privadas, que têm obras muito interessantes pelo País inteiro”, disse o curador Romaric Büel, francês radicado no Brasil. Segundo ele, a iniciativa deve atiçar aqueles que gostam de arte a tornarem-se futuros colecionadores. “Meu intuito é criar o apetite por arte, a vontade de consumir esses produtos. Os jovens, por exemplo, podem começar a colecionar com quase nada de dinheiro”, continuou ele.
Preciosidades
Paixões Privadas reúne mais de 70 obras de arte de diferentes períodos da História e de renomados artistas internacionais, com peças trabalhadas nas mais diversas técnicas e materiais. Estão lá telas, desenhos, aquarelas, esculturas e tapeçarias de nomes como Renoir, Jean Cocteau e Dubuffet. Um verdadeiro tesouro europeu sob a guarda de Roberto Marinho, Geneviève e Boghici, entre outros colecionadores cariocas.
“Em Brasília, por exemplo, e em grande parte do Brasil, não há um lugar, um museu onde se possa ver esse tipo de obra”, observou Büel. “Foi preciso convencer os proprietários a abrirem suas coleções e dividirem essa preciosidade com o público, que não tem a possibilidade de viajar para a Europa ou casas especializadas para conhecer esses trabalhos”, ressaltou.