Camilla Sanches
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Aos 46 anos, o pianista e compositor Antonio Carlos Bigonha lança seu segundo disco, Urubupeba, hoje, no primeiro de três shows que fará no Clube do Choro de Brasília (Eixo Monumental), às 21h. “O nome foi inspirado em Urubu, de Tom Jobim, álbum da década de 1970. Compus, ainda, três faixas, além da que intitula o CD, em referência aos apelidos dados à ave de mau agouro.” São elas: Jereba, Camiranga e Gameleira, de Valsa Negra.
O parceiro do poetinha Vinícius de Moraes é uma das inspirações do intérprete, além de seu xará, ao lado do maestro Heitor Villa-Lobos e do baiano Dori Caymmi – que assina os arranjos e a regência do projeto. “A obra do Antonio Carlos Jobim é uma fonte permanente de inspiração”, diz. Mineiro de Ubá, o compositor é autor de todas as 13 canções do novo trabalho. “Como dizia Villa-Lobos, o piano é o nosso parceiro. Componho ao piano, no contato direto com o instrumento”, revela Bigonha.
Procurador da República por quase 20 anos, o músico se divide entre as atividades públicas e a carreira artística, que já soma uma década de estrada. Quem assina a contracapa do disco é Paulo César Pinheiro. São dele as palavras: “Belíssimas composições, magistralmente arranjadas por meu parceiro Dori, mostram seu real ofício público. Representa não o Brasil de gabinete, mas o Brasil musical vivo, latente, de Jobiniana alma […]”
É a quarta vez que ele se apresenta no Clube do Choro. Das outras subiu ao palco pelo projeto Prata da Casa, aos sábados. “Uma honra ter sido convidado para estas três apresentações no meio da semana”, diz.
Antonio Carlos Bigonha – Shows de lançamento do disco Urubupeba. Quarta, quinta e sexta-feira, às 21h. No Clube do Choro de Brasília (Eixo Monumental, entre a Torre de TV e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães). Ingressos: R$ 20, a inteira. CDs à venda no local por R$ 25. Não recomendado para menores de 14 anos.