Elaine Siqueira
elaine.siqueira@jornaldebrasilia.com.br
O artista Nielson Alves, 28 anos, abre o leque de criatividade e inovação para o lançamento de seu EP intitulado Lá em casa. As músicas de Chico Buarque passeando por Paulinho Moska, surgem como inspirações para sua poesia musical.
Lá em casa seu primeiro EP, usa o encorajamento de dizer que no íntimo passo de sua sala para a mesa, do café posto, do beijo guardado de baixo do cobertor surge um laço capaz de acolher e recolher ideias solitárias possíveis de tornar-se música.
Estudante de Educação Física e professor em academias de ginástica, inicialmente era músico nas horas vagas e por diversão gostava de fazer as pessoas se identificarem com seu material. Hoje, essa diversão virou foco de trabalho.
Distante da realidade de aulas de canto e qualquer que seja a aula para um determinado instrumento, a música entrou em sua vida desde que sequer sabia o fundamental sentido de tal. No colégio, junto à família e entre amigos, a relação com o cantar e tocar começou a fazer mais sentido até iniciar na formação de uma banda de reggae.
O reggae entrou em sua vida por acaso, porém a temática e filosofia de vida que se canta no reggae também participam do seu âmbito particular e familiar. Pai de Moreno, 3 anos e casado com Juliana Darc, a família mora no Riacho fundo I, perto dos seus próximos fãs.
Quando perguntado em entrevista ao Jornal de Brasília, Nielson – em um tom de voz baixo, tranquilo e ao mesmo instante transmissor de seus sentimentos –, diz nunca ter pensado que seu estilo musical poderia ter semelhança à banda Los Hermanos. “A banda tem muito significado em minha vida, principalmente o álbum Bloco do Eu Sozinho (2003). Há identificação, perspectiva e inspiração ao ouvir o CD.”
Influenciado por todo tipo de arte e também pela falta de perspectiva de estilos musicais em Brasília, fizeram o músico associar uma ligação de cantores de várias gerações para a composição de suas músicas. Nielson fala que a nova geração precisa ouvir músicas que falem sobre coisas poéticas e realidade factual. Em seu EP, as canções têm de um a dois anos de existência, mas ainda não tinham saído do papel e ido até um estúdio.
Na rede
No blog, site ou facebook são ferramentas possíveis de conferir as obras desse artista que senta em seu sofá para compor e despertar seus pensamentos soltos em música boa e concreta. Feitas em casa e aprovadas por seu maior público – a esposa –, Nielson levou seis meses para concluir a gravação do CD, feita no estúdio SIGLAS.
Na rede social, Nielson define-se como: “Sou aquilo que se vê”, em comunhão com o tratamento ao próximo, aos estudos e claro, a música. “Sou uma coisa dentro de outra coisa particular, fora dessa coisa eu posso ser outra coisa”, poetiza.
Nielson adianta para nossa reportagem que em março fará um show para lançamento oficial de seu EP e um trabalho paralelo na construção de uma música para o documentário de Paulo Leônidas, onde o foco do filme será o trabalho infantil no Porto de Santos.
Já em fase de publicação de seu material, é possível acessar seu blog http://niestro.blogspot.com/ com poemas e fotos de sua autoria; e também no seu site http://www.nielsonlaemcasa.pagina.gr/ onde podem ser baixadas suas músicas.
