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O jornalista e poeta Reynaldo Jardim é enterrado em Brasília

Arquivo Geral

02/02/2011 18h26

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Camilla Sanches

camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

 

Faleceu ontem, por volta das 23h30, aos 84 anos, o jornalista e poeta Reynaldo Jardim. Paulista, radicado em Brasília desde os anos 1980, ele estava internado no Hospital do Coração. A morte foi em decorrência do rompimento de um aneurisma na artéria aorta.

 

O velório do escritor aconteceu nesta tarde, no foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro. A família recebeu a solidariedade de parentes e amigos, além das presenças do ex-secretário de Cultura José Silvestre Gorgulho e do atual, Hamilton Pereira da Silva, além dos poetas Nicolas Behr e Chico Alvim.

 

“É uma grande perda para a cidade, para a criatividade e para o planeta. Aos 84 anos, Reynaldo tinha a mente de um adolescente, continuava não tendo censura, não tendo limite, achando que o mundo ainda tinha muito a ser criado. Era a inquietude ambulante”, define a esposa e também jornalista Elaina Daher, que foi casada com o poeta por 24 anos. “Ele se impressionava com a acomodação dos jovens de hoje, porque ele nunca se acomodou”, completa.

 

Nicolas Behr confirma. “Eu o definiria como um criador, criador de tudo, até de caso, no bom sentido. Um experimentador. Ele nunca se acomodou. Com 32 anos, ele já tinha dado a sua contribuição com a criação do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, (na década de 1950), mas ele não se acomodou ali, foi em busca de outras coisas, outras experimentações. Era um provocador”.

 

Entre os amigos, o diretor do curta-metragem Profana Via Sacra – baseado em poesia homônima de Jardim e premiado com o candando de melhor filme da Mostra Brasília no 43º Festival do Cinema Brasileiro, em 2010 –, Alisson Sbrana, era um dos mais emocionados.

 

Ele e a esposa Fernanda foram os últimos, além da esposa e dos três filhos, a estarem com o jornalista. “Saímos do hospital umas 23h e recebemos a notícia por volta de meia-noite. Foi uma surpresa porque ele estava muito bem e brincalhão como sempre. Disse até que se algo desse errado, era para chamar a bateria da Aruc (escola de samba do Cruzeiro), porque ele não queria saber de tristeza”, lembra. “Ele era muito grande. Era sempre um aprendizado estar com ele”.

 

Para o poeta e diplomata Chico Alvim,  72 anos, a morte de Jardim representa um empobrecimento para a arte. “Só não fica uma literatura mais pobre porque ele deixou uma obra muito considerável e consistente, mas não deixa de ser uma perda incalculável”.

 

Reynaldo Jardim foi enterrado às 18h, no Campo da Esperança.

 

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