Portugal, para nossa felicidade, tem nesta década inicial de século 21, uma música extremamente vitalizada, acesa, representada por nomes instrumentais, cantoras de renome internacional como Dulce Pereira, Teresa Salgueiro, Né Ladeiras e grupos como o Madredeus. Agora, o brasiliense, pode ficar conhecendo Cristina Branco, considerada uma das melhores intérpretes da canção portuguesa contemporânea, em show único nesta segunda no Teatro Unip.
Cristina Branco tem 12 discos gravados, cantou uma única vez no Brasil (“fugazmente”) num festival em Salvador e, portanto, está pela primeira vez em Brasília. Depois de ter se apresentado neste domingo em São Paulo, Cristina passa no Teatro da Unip, e segue para apresentações em Montevidéu e Buenos Aires.
Em Portugal, e para quem acompanha parte do que se faz naquele país, Cristina Branco é uma das renovadoras do fado. Canta outros gêneros, apaixonou-se pelo tango, mas o fado está lá impresso em muitas notas e memórias. É como para os artistas de música no Brasil: aqui não dá para fugir do samba, e nem há motivos, assim como Portugal é fado até fazendo rock’n’roll.
Mostra da modernidade de Cristina Branco é ela expressar em seu trabalho e em suas declarações sua atitude de renovação; o último disco que gravou, em 2011, chama-se Não há só tangos em Paris.
Quem tiver a sorte de ir ao show desta segunda, ouvirá as canções de seus discos e até mesmo alguns clássicos do fado que tomam vida com o estilo de Cristina Branco. Ela começou gravando na Holanda, em 1997 e desde os 18 anos, quando ganhou de presente do avô um disco de Amália Rodrigues, decidiu que queria cantar em português e explorar as potencialidades das canções com novas intervenções e sabores, como o ritmo diferente mas as temáticas e abordagens do tango, que descobriu quando esteve em Buenos Aires por volta de 2003.
