Andréia Castro
Especial para o Jornal de Brasília
O mundo de fantasia do Circo Tihany Spetacular começa logo na entrada, antes mesmo da magia começar no palco. Ao adentrar a tenda, o público se depara com metros e metros de carpete, centenas de luzes e cadeiras acolchoadas. Tudo faz parte do espetáculo AbraKadabra, repleto de cenários e figurinos luxuosos, que estreia hoje, às 20h30, na Esplanada dos Ministérios, ao lado do Teatro Nacional.
A atração tem uma megaestrutura e mais de 60 artistas. Único brasileiro da trupe, o mágico e ilusionista Romano Garcia explica que o show foi produzido em Las Vegas e toda a infraestrutura é moldada nos padrões de lá. Não é exagero dizer que se trata de uma superprodução, e que nada faz lembrar as antigas companhias mambembes nacionais. “Trouxemos cortinas francesas, palco de fibra de vidro, bilheteria digitalizada, banheiros similares aos de um shopping center e 50 toneladas de ar-condicionado”, descreve o mágico.
Romano protagoniza um dos grandes momentos do espetáculo: o desaparecimento de uma de suas ajudantes no palco (a mulher começa a levitar e depois desaparece). “É o mais rápido, o mais preciso e o mais sincronizado dos meus números. Somos apenas eu e a menina no palco, não tem parede. Você não vê em outro lugar esse truque de magia”, garante ele. Em outra aparição, ele faz um helicóptero aparecer diante da plateia.
A companhia é formada por mais de 60 artistas, de 25 nacionalidades diferentes. “Nossa trupe é recrutada em festivais internacionais de locais como Monte Carlo (Mônaco), Paris, China e Moscou. E são reconhecidos entre os melhores do mundo. Para os espetáculos de dança, o circo pesquisa algumas das mais tradicionais instituições do gênero, como o balé Bolshoi, da Rússia, e a Academia Real de Dança, na Inglaterra”, conta Richard Tihany, diretor executivo e ilusionista do circo.
As apresentações são divididas em 18 atos, em duas horas de show com doses excepcionais de humor, acrobacia, contorcionismo, ilusionismo e coreografias, além de um corpo de baile formado por 24 bailarinas. A sonoplastia do evento e os efeitos visuais são um show à parte. Com 20 mil watts de som e 124 luzes robotizadas, “o circo se transforma num show de rock e surpreende com uma superprodução em luz, som e efeitos tridimensionais”, completa Romano.