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Viva

O batuque sustentável do grupo Patubatê no clube do Choro de Brasília

Arquivo Geral

16/11/2012 16h58

Foto: Monique Renne

A matéria-prima é reciclável. A consciência, sustentável. Os instrumentos impressionam pela simplicidade e inovação. São feitos de latas, baldes, tonéis, panelas e até peças de automóveis. O som das sucatas inspira e leva os músicos a criarem performances com ritmos como Maracatu, Samba, Funk, Afro, Frevo, Baião, Ijexá, Carimbó, Ciranda, Tambor de Crioula, Capoeira, House e muitos outros. A banda Patubatê se apresenta no dia 20 de novembro às 21h no Clube do Choro de Brasília.Classificação 16 anos.Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) para estudantes e doadores de brinquedo ou um instrumento musical em bom estado de conservação. Informações:(61) 9649-6883

 

Tudo isso registrado em um cenário inusitado: as obras do Estádio Nacional Mané Garrincha. Patrocinado pelo FAC e gravado em janeiro deste ano, o DVD Ruído Sonoro, conta com a participação de músicos da cidade. O Mané Garrincha será um dos estádios sede da Copa do Mundo de 2014 e é tido como modelo de sustentabilidade.

 

As gravações nas obras do Estádio foram em dois locais: onde será o gramado e embaixo das arquibancadas. Ao ar livre foram registradas as participações especiais de Nãnan Matos (percussão), Léo Benon (guitarra baiana), e Kalley Seraine (violino), além da passista Paloma Batista.

 

O diretor do projeto, Bruno Bastos, optou por deixar em quadro cinegrafistas, eletricistas e maquinistas. Todos vestidos com os trajes de segurança das obras, os profissionais representam os “operários do som”. “Foi uma maneira que encontrei para homenagear esses trabalhadores. Sempre admirei as grandes construções e os seres humanos que as tornam possíveis”, explica Bastos.

 

PATUBATÊ

 

Nas mãos dos músicos Fred Magalhães, Fernando Mazoni, DJ Leandrônik, Gustavo Lavoura e Pablo Maia, sucata não é lixo, é música sustentável. Os materiais utilizados têm um destino muito curioso quando chegam ao alcance do grupo PATUBATÊ. Toda esta sucata vira instrumento musical.

 

PATUBATÊ surgiu em Brasília, em 1999, com influência dos trabalhos dos norte-americanos Stomp e Blue Man Group e no Brasil Hermeto Pascoal. O Grupo alia criatividade à valorização dos ritmos brasileiros. Os músicos já levaram seus shows performáticos a todos os estados do Brasil e alguns países como Estados Unidos, Portugal, Espanha, Polônia e Continente Africano (Burkina Faso, Botswana, Quênia, República de Camarões e Gabão). Em outubro de 2011 o grupo participou do Festival da Lusofonia e Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, em Macau, com shows e oficinas.

 

 Em maio de 2012 o PATUBATÊ participou do STEEL FEST em Port of Spain – Trinidad & Tobago (América Central). No mês seguinte o grupo abriu as atividades da Arena Socioambiental, Palco Sonoro Brasil na RIO + 20. Em agosto e setembro, o PATUBATÊ esteve em Turnê pela África (Zâmbia) e Portugal (Lisboa e Faro), em atividades promocionais e Festivais.

SHOWS PERFORMÁTICOS   

          

Os shows do grupo PATUBATÊ são impactantes. As apresentações com percussão em sucatas e música eletrônica incluem ritmos brasileiros e estrangeiros com timbres eletrônicos. Efeitos visuais e sonoros são marcas registradas das criações dos músicos. Água, luz, fogo, som e movimento em performances desafiadoras, exploram as percepções do público e tornam o show memorável.

 

OFICINAS DE MÚSICA E REFLEXÃO SOBRE SUSTENTABILIDADE -A ARTE DE RECICLAR PESSOAS

 

Muito mais do que reciclar materiais, ter uma atitude sustentável é a essência do grupo PATUBATÊ. Nas oficinas, os músicos ensinam a construir instrumentos com material reciclável e a tocar ritmos brasileiros. De maneira lúdica, incentivam o consumo consciente e a melhora da qualidade de vida no planeta. Os músicos mostram que sustentabilidade é ir além de si mesmo. É ter respeito pelo próximo. É estar atento às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das futuras gerações. E além de tudo, transformam as pessoas ao mostrarem que a música está ao alcance de todos.

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