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Viva

Nando Reis apresenta seu bailão com repertório autoral de outros artistas

Arquivo Geral

23/08/2012 14h58

 Andréia Castro

Especial para o Jornal de Brasília

 

 

Nando Reis já conquistou o público diversas vezes. Primeiro, como roqueiro no grupo Titãs, depois como compositor de clássicos como Segundo Sol, interpretado por Cássia Eller, e principalmente por sua carreira solo, iniciada em 2002 – quando deixou o Titãs – depois de 20 anos de parceria, em meio a brigas e polêmicas. Camaleão, o cantor não encontrou dificuldades para se desvencilhar da imagem da ex-banda e brilhou com trabalhos mais intimistas e delicados.

 Foto: divulgação

Apresentando músicas de sucesso da carreira e de seu mais recente trabalho, o MTV Ao Vivo Bailão do Ruivão, o cantor, compositor e violonista se apresenta neste domingo, a partir das 17h, na Orla – Clube de Engenharia, em um show que pretende reproduzir a atmosfera de um luau, à beira lago. A apresentação será aberta pela banda Surf Sessions e encerrada pela cantora Adriana Samartini.

 

Primeira vez que o artista lança um CD não autoral, ele explica como surgiu a ideia de gravar artistas como Wando e Roupa Nova. “Em 2009, montei uma apresentação para a MTV, inspirada nesse repertório diferenciado, de músicas que eu já apresentava no bis dos meus shows com Os Infernais”, explica. Segundo ele, as músicas surgiram naturalmente em sua cabeça. “Não as compus, mas as sinto como se fossem minhas. E já fazem parte da estruturação da minha personalidade, do meu gosto e da minha particularíssima formação musical”, completa.

 

No repertório da apresentação na cidade, Nando toca também canções que fizeram parte de sua trajetória, como Sou Dela e Bichos Escrotos. “Sempre defino a seleção pouco antes do show, no camarim mesmo. Pode ser que nesse show eu também inclua alguma faixa do meu novo disco, que será lançado agora no segundo semestre, o Sei.

 

Novo trabalho de Nando Reis e os Infernais, o álbum já tem música de trabalho: Declaração de Amor. “Será um disco somente de inéditas, mas ainda não tenho muito para revelar”, limita-se a dizer.

 

POETA

Sentimental, o ruivo se enche de orgulho quando fala sobre a participação da banda de seu filho Theodoro, a Zafenate, no disco. “É fundamental e o melhor momento para eu dizer de onde são minhas origens. O reggae tem um ótimo ritmo, e me juntar a Theodoro para cantar Bob Marley foi um momento único”, garante.

 

Letrista reverenciado, suas músicas sempre falam de amor e fatos autobiográficos. “Grande parte das minhas letras foram escritas como uma forma de expor meus sentimentos e minha admiração pelas pessoas que fazem e fizeram parte da minha vida”, revela. Ele assume também que é compondo que ele consegue desabafar. “(As canções) dão palavras aos meus anseios incrustados, mal-resolvidos, como uma forma de lidar com minhas emoções”, conta. 

 

E finaliza: “Outras são simplesmente para homenagear pessoas essenciais para minha existência, como meus filhos e minha mãe, que sempre foi minha fã e que tanto sinto falta”. Seus relacionamentos não cabem em uma só música. E Nando fez um álbum inteiro, o Drês (2009), para homenagear a filha Sophia, com a tocante Só pra Sô, a ex-namorada, e a mãe, com a belíssima Conta.

 

O amor pelos filhos também inspirou as lúdicas O Mundo é Bão Sebastião e Espatódea.

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