Na tarde desta sexta-feira (13), cerca de 50 músicos de Brasília se reuniram para pedir o fim da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB). Os músicos estão desde às 13h na Praça Zumbi dos Palmares, em frente ao Conic, onde devem permacer até às 18h.
Para endossar a manifestação, as bandas Metrópole Locom, Combustão, Mark of Time, Língua Roxa, Ronnmarkes, Engels Espíritos e Beladita Maldona farão shows em cima de um trio elétrico, fornecido pelo Sindicato dos Músicos do Distrito Federal (SindiMusi-DF), que apóia o movimento.
Conforme o publicado hoje no Jornal de Brasília, os músicos pedem o fim da Ordem com a justificativa de que ela não defende os direitos da classe. “Cobram de nós uma anuidade que não é revertida em nada para os músicos”, argumenta Engels Espíritos, líder da manifestação.
Para ser considerado profissional e exercer a profissão legalmente, o músico deve possuir a carteira da OMB e estar em dia com a anuidade, que custa R$ 120. Caso contrário, pode ser multado e impedido pela fiscalização da Ordem de se apresentar com fins lucrativos.
No entanto, os músicos acham proteção na Constituição Federal. “A Constituição garante liberdade de expressão artística, livre de regulamentação. Por isso, não somos obrigados a possuir carteira profissional nem de pagar qualquer anuidade. Queremos que todos os músicos saibam disso”, explica Engel. “Não tem como impor um controle de qualidade para músico”, completa Carlos Augusto Sousa, membro da banda de música celta Kalahamsa.
A Associação dos Músicos e Artistas Populares do Distrito Federal e Entorno também estava na manifestação prestando apoio. “Nós apoiamos a manifestação e convidamos os músicos de nossas 50 bandas associadas para estarem aqui também. No entanto, não defendo o fim da OMB, mas o fim da cobrança de anuidade e uma reforma profunda no estatuto da Ordem. Todos os padrões existentes na época da criação da OMB não existem mais. Este órgão deve se adequar”, opina Cacá Silva, presidente da Associação, sobre a OMB, criada por Juscelino Kubitscheck, em 1960.
