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Música

Rogério Flausino e Wilson Sideral emocionam a capital com o projeto Cazuza Sinfônico

Os vocalistas contam sobre a relação de admiração que sempre tiveram com Cazuza e como esse projeto começou em entrevista exclusiva

Alexya Lemos

25/11/2025 14h07

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Foto: Divulgação

O projeto Concertos na Capital retorna a Brasília amanhã com um espetáculo imperdível para os amantes da música brasileira: o Cazuza Sinfônico. Após o sucesso do “Raul Sinfônico”, o tributo ao poeta do rock brasileiro traz para o palco a fusão de rock e orquestra em uma noite de celebração à vida e à obra de um dos maiores ícones da música nacional.

O concerto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, contará com a Orquestra Filarmônica de Brasília, e será regido por arranjos inéditos e preparados especialmente para homenagear Cazuza. Os vocais ficarão por conta de Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest, e de seu irmão Wilson Sideral, ambos com uma relação de longa data com o legado de Cazuza, contada em detalhes por meio de entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília.

História

Para Flausino, a homenagem ao ícone do rock brasileiro é um projeto que carrega uma carga pessoal muito forte. “Eu e o Sideral estamos fazendo esse tributo ao Cazuza há quase dez anos. Começamos lá atrás, a pedido da Lucinha Araújo, na celebração dos 25 anos da Sociedade Viva Cazuza”, conta o artista.

“Naquela época, nós éramos meninos, eu com 18 anos e o Sideral com 15, quando o Cazuza nos deixou. A nossa dor virou inspiração e decidimos montar um projeto para tocar só Cazuza. Esse encontro com a Lucinha nos colocou na estrada, fazendo esse tributo, que sempre foi um momento de reverenciar um cara que amamos. Agora, podemos compartilhar com o público um álbum que está prestes a ficar pronto, com poemas inéditos de Cazuza que musicamos”, completa Flausino.

Desafios e legado

A escolha de manter a fidelidade aos arranjos originais de Cazuza é um dos princípios do espetáculo. “O nosso show tem um ponto de vista artístico que é tentar manter o mais próximo possível dos arranjos originais, como nos álbuns de Cazuza ou no álbum ao vivo que ele tem”, explica. Ele destaca ainda o desafio de fazer uma homenagem que respeite o legado do cantor, mas ao mesmo tempo traga a personalidade dele e do irmão. “Pesquisamos muito para manter o sentimento e a forma de como as canções eram tocadas na época, tanto na fase com o Barão Vermelho quanto na fase solo do Cazuza.”

Sideral, que também compartilha uma conexão profunda com Cazuza, destaca a grandeza do arranjo sinfônico. “A orquestração engrandece as canções, trazendo uma profundidade que, em um arranjo mais simples, não conseguimos alcançar”, explica. Para ele, o maior desafio é equilibrar a intensidade de Cazuza com a autenticidade dos músicos. “A ideia é que, ao mesmo tempo em que as pessoas sintam o Cazuza, elas também percebam a nossa essência na maneira de cantar e interpretar”, afirma.

Wilson também enfatiza a importância do legado deixado pelo poeta exagerado para a música popular brasileira. “Cazuza ultrapassou todos os rótulos que poderiam ser colocados sobre ele. Ele deixa um legado de liberdade, poesia e profundidade para a música brasileira, que é muito mais do que apenas ‘música jovem’. Sua obra é atemporal”, reflete o músico.

Serviço:
Cazuza Sinfônico
Onde: Centro de Convenções Ulysses
Quando: 26 de novembro (quarta-feira), às 21h
Ingressos pelo site

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