Juntando o pagode e o funk, o funkeiro brasiliense MC Bockaum lançou na última sexta-feira, a música “Se Namorar Fosse Bom”, uma parceria com o DJ Betinho. O cantor está cheio de lançamentos neste segundo semestre, como mais uma canção que faz parte do projeto “Pagofunk do Bockaum”. Desta vez, o trabalho a ser lançado é em parceria com Alexandre Carlo, vocalista da banda Natiruts. A produtividade não para e Bockaum já lançou alguns singles este ano, que estão disponíveis nas plataformas digitais, como “Phonkada, Vou Taka, Taka, Taka” e um lançamento internacional, “Brota na Base”.
Segundo Mc Bockaum, a música “Se Namorar Fosse Bom” foi feita junto de DJ Betinho, um artista de São Paulo. A composição é de Bockaum e estava guardada por cerca de dez anos sem ser gravada desde sua criação. “Enviei para o DJ Betinho que tem afinidade com produções melódicas e ele adorou a canção. A música foi lançada nessa sexta-feira e o feedback do público está sendo incrivel”, afirmou.

O segundo semestre de 2025 está cheio de lançamentos para Bockaum. Ele contou ao Jornal de Brasília que o nome da nova música que vai integrar o projeto “Pagofunk do Bockaum” é “Cada um dá aquilo que tem”, e que, em breve, estará nas plataformas de streaming musical. “Esse projeto é em parceria com o meu amigo de longa data Alexandre”, afirmou. Para ele, a conexão entre os dois foi maravilhosa. “Eu sou do funk e o Alexandre é do reggae, mas nós gravamos um samba juntos”, destacou.
Anderson explicou que o projeto “Pagofunk do Bockaum” consiste na releitura dos clássicos do funk carioca. As canções são reinterpretadas por ele no ritmo de samba/pagode. Entre algumas músicas que já fizeram parte desse projeto que está ativo e disponível em todas as plataformas digitais, está um dos funks mais famosos dos anos 2000: “Glamourosa”, de MC Marcinho, que na versão de Bockaum, aparece em um mix com outras músicas como “Garota Nota 100”, intitulada: “Glamurosa\Garota Nota 100\Corpo Nu\Rap da Lembrança”.
O homem por trás do músico
Por trás do nome artístico, existe Anderson Azevedo Gonçalves. Ele conta que o pseudônimo veio de um apelido de infância: Bocão. “Devido aos meus lábios avantajados”, brincou. Anderson começou na jornada artística aos 17 anos, em uma banda de pagode. Segundo ele, o grupo era formado por amigos que moravam na 312 Sul e eram seus vizinhos. A banda se chamava Magia Popular. A transição do pagode para o funk foi natural, como ele destacou: “Eu ouço funk desde os meus 12 anos de idade e sempre fui encantado pelo estilo”, acrescentou.

Em 2009, MC Bockaum gravou o primeiro funk profissionalmente. Desse marco, ele se lembra muito bem e se orgulha de dizer que a gravação foi realizada em parceria com o eterno Mr. Catra. “De lá pra cá, continuo firme e forte nos trabalhos”, disse.
Ele citou Claudinho e Buchecha, Mr. Catra, MC Marcinho e Exaltasamba como suas maiores inspirações. E, depois de ter trabalhado com grandes nomes — como alguns dos já citados — ele não tem sonho de fazer feats com ninguém em especial. Mas explica o porquê de não sonhar com isso: “Feat é conexão. Tem que ter química e precisa fluir. Quando tudo casa, é bom demais.”
De Brasília para o mundo
O cantor tem uma agenda de shows extensa e também realiza muitos eventos fechados, como aniversários, festas de 15 anos e casamentos. Com muito respeito e carinho pelo que faz, Anderson considera estar construindo um legado musical para Brasília, ao carregar a bandeira do funk sem apologia e sem letras que diminuam a mulher — já que o cantor é conhecido por não usar palavras de baixo calão em suas músicas. “O funk não precisa disso. Ele já é o ritmo mais dançante do planeta”, frisou.
Bockaum salientou que, este ano, seus lançamentos estão mais voltados para o segmento musical conhecido como Brazilian Phonk. De acordo com o artista, esse viés nada mais é do que o funk sendo produzido com outros elementos por DJs de vários países do mundo. “Minha voz foi usada em uma música intitulada ‘Brota na Base’, que já tem mais de 3 milhões de streamings no Spotify”, comentou. Nessa faixa, o cantor fez uma parceria com um DJ Himan, do Japão. A ideia, como Anderson contou, é continuar essas parcerias internacionais no futuro.