A cantora brasiliense Laady B, lançou, na última semana, seu primeiro single e clipe. ‘Mil Motivos’ foi inteiramente composta por ela, que também é dançarina e poetisa. LP D’Doctor produziu a música, criou o beat e trouxe o resto da equipe para a produção do vídeo.
Antigamente, a cantora se apresentava como Mc Nana Bass, mas preferiu trocar o nome por ser parecido com o de outra cantora local. Escolhido pela sua mãe, Laady B explica que o novo nome simboliza uma nova era na carreira, na qual busca novidades para experimentar.
“Venho da cultura hip hop, mas agora estou repaginando minha carreira, tomando novos rumos, explorando novos estilos musicais. Eu falei com a minha mãe que eu precisava de outro nome e ela sugeriu esse. Tem muito mais a ver comigo e também traz a ideia de renovação, uma nova era na minha carreira”, conta a artista.
Laady B conversou com o Jornal de Brasília e falou sobre trajetória, objetivos, planos e sonhos. Confira:
Como começou sua história na música? Como se apaixonou e viu que isso era pra você?
Eu já escrevia poesia e comecei a compor músicas em 2013. Fiquei cantando durante um ano, dei uma pausa na minha carreira e retornei agora nesses últimos dois anos. Eu voltei aos palcos com minha banda, a “Sou Mais Eu”, que é um grupo que trabalha mais com black music, soul, jazz, e muita música preta brasileira. Então eu decidi alavancar minha carreira solo e lancei recentemente esse primeiro single, mil motivos.
De onde vem o nome Laady B?
Quem escolheu esse nome foi minha mãe, antes eu me apresentava como Mc Nana Bass. Venho da cultura hip hop, mas agora estou repaginando minha carreira, tomando novos rumos, explorando novos estilos musicais. Eu tive que trocar porque aqui na cidade tem uma cantora com nome parecido, e nós somos negras, então eu achei que ficaria algo muito parecido e iria confundir muito. Eu falei com a minha mãe que eu precisava de outro nome e ela sugeriu esse. Tem muito mais a ver comigo e também traz a ideia de renovação, uma nova era na minha carreira.
Você falou que quer explorar outros estilos musicais, o que você pensa além do rap?
Eu venho do rap mas ainda não tenho um estilo musical definido. Eu estou num momento da minha carreira no qual eu não quero me definir para conseguir explorar outros estilos musicais, até porque existem outros artistas na cidade que eu tenho interesse em trabalhar junto. A gente precisa ter essa noção de se expandir. eu quero explorar tudo que eu puder.
Em quem você se inspira?
A minha composição é muito inspirada em Lauryn Hill, Elza Soares e Alcione. Artistas da nova MPB também, e homens como Seu Jorge, Caetano Veloso e Djavan. São esses que me inspiram, na música e na escrita.
De onde veio a inspiração para compor ‘Mil Motivos’?
“Mil Motivos” é um lovesong que eu escrevi há quatro anos, porém eu não havia trabalhado nele ainda por conta da pandemia e outros motivos, o que me impediu de tocar esse projeto pra frente. É uma música de flashback com uma letra intensa, a letra dela veio à tona de uma forma muito rápida. Não tive um processo demorado para composição dessa música, realmente foi um presente da minha consciência pra mim e agora está aí pro mundo, graças a Deus. Agora é torcer pro universo pra eu conseguir divulgar mais o meu trabalho.
Você falou que tem planos pro futuro. Quando sai o próximo lançamento?
Ainda não tenho previsão de lançamento, mas já estamos construindo uma cara para esse álbum, para ter a continuação de “Mil Motivos”, que na minha opinião merece ser hit. Tomara né? Acredito que o ep vem com muita força também.
Existe algum lugar em Brasília em que você deseja muito se apresentar?
Isso é uma pergunta séria! Eu tenho muita vontade de me apresentar em algum grande festival, que aconteça de preferência no Mané Garrincha, acho o Mané muito grandioso. Ou até mesmo no aniversário de Brasília, com a Esplanada bem lotada (risos).
E no Brasil?
Rock in Rio! Vamos sonhar alto! Faria uma grande performance, já que eu também sou dançarina e bailarina, inclusive essa é a minha primeira formação. Seria uma coisa mágica. Importante é sonhar, né?!