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Música

Festival CoMA: Alceu Valença, Criolo, Rachel Reis e artistas locais agitam CCBB

7ª edição do evento chega ao último fim de semana marcada pela diversidade sonora e pela valorização da música autoral do DF

Redação Jornal de Brasília

09/08/2024 5h00

Atualizada 08/08/2024 23h11

Alceu Valença. Crédito: Leo Aversa

Alceu Valença. Crédito: Leo Aversa

Elisa Costa e Thatyane Nardelli

O Festival CoMA, desde sua estreia em 2017, tornou-se uma vitrine para a música, cultura e criatividade que une pessoas, culturas e ideias em uma celebração inspiradora, realizada anualmente. Em sua 7ª edição, o evento realizado em Brasília chega ao último fim de semana, destacando-se pela diversidade musical e por provocar reflexões sobre a relação entre cultura e o mercado do entretenimento.

Além de nomes clássicos da música nacional, como Alceu Valença e Criolo, o CoMA também abre espaço para talentos locais, com um line-up diversificado e presença de vários artistas autorais do quadradinho, como Flor Furacão, Ane Êoketu, Anna Moura e Kirá, que apresentam novo projeto que realizaram juntos.

“A expectativa para o show de sábado é que o público sinta e vibre com a energia desse encontro repleto de som e poesia autoral. ‘Candangaria e Correria’ é um trabalho novo e muito potente que promete mexer o corpo e as ideias”, compartilha Anna Moura.

Programação eclética

Entre sábado e domingo, serão várias atrações que prometem agradar todos os públicos. Além de Alceu Valença e Criolo, o linue-up inclui Tássia Reis, Chico Chico, Brisa Flow, Mãeana canta JG, Jaloo, Rapadura, Iara Gomes, Klap, Tamara Maravilha, Hellen, Rachel Reis, Juliana Linhares, Ana Frango Elétrico, Afrocidade, Canto Cego, Edgar, Umiranda,  Vavá Afiouni, Lupa e DJ Janna.

Alceu Valença: legado e novidade

Alceu Valença, um dos ícones mais reverenciados da música popular brasileira, continua a encantar gerações com sua fusão única de ritmos e tradições. Nascido em São Bento do Una, no agreste pernambucano, Valença –– que construiu uma carreira marcada pela inovação e pela celebração da cultura nordestina –– apresenta-se neste domingo (11/8) no CoMA.

Alceu Valença. Crédito: Leo Aversa
Alceu Valença. Crédito: Leo Aversa

Desde seus primeiros passos na música, ele se destacou por sua habilidade em combinar elementos da música tradicional nordestina com influências modernas. Suas canções são um reflexo vívido da riqueza cultural da região, incorporando gêneros como o frevo, o maracatu e o xote com uma abordagem contemporânea.

O show “ALCEU DISPOR” promete ser uma homenagem ao seu público fiel. “Significa que eu estou ‘ao seu’ dispor, à disposição do público”, brinca Alceu, em entrevista ao JBr. “Estamos no meio do ano, então pode ter um baião como ‘Coração Bobo’. Vai ter ‘Flor de Tangerina’, ‘Belle de Jour’ e outras, como ‘Bobo da Corte’, que me conectam muito com o público”, completa o cantor.

Alceu estará acompnhado por Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Zi Ferreira (guitarra), Nando Barreto (baixo) e Cassio Cunha (bateria). O legado de Alceu Valença é um tributo à diversidade cultural do Brasil. Com uma carreira que já dura mais de quatro décadas, ele permanece uma figura central na música brasileira, celebrando e preservando a rica herança cultural do Nordeste com paixão e criatividade.

“Cada música minha tem uma inspiração. Quando eu estava em Belo Horizonte, fiz a música ‘Solidão’, depois que saí de um concerto, fui pro hotel sozinho, subi o elevador, cheguei com uma tristeza depois de ter cantado para uma multidão. Aí olhei pra rua, olhei pra lua e a compus. E assim vai, toda música minha é inspirada em algo. Na minha música, não faço coisas por encomenda, a composição acontece de maneira natural”, confessa o músico.

Um apaixonado declarado por Brasília, o cantor revelou ao JBr que está ansioso para reencontrar o público da capital. “Estou doido para chegar em Brasília. Eu amo essa cidade, tenho uma relação familiar, meus tios foram morar aí. ‘Te amo, Brasília’ é uma música que fiz com Carlos Fernando, meu parceiro, e a gravei com Luiz Gonzaga. Ir para Brasília é ótimo, sempre fui muito bem acolhido, e a cada visita, gosto mais”, declara Alceu. “Alô, alô Brasília, tô morrendo de saudade. Sou um astronauta chamado Alceu e estarei ao seu dispôr no Festival CoMa. Espero que compareçam para matar essa saudade minha”, conclama.

A nova voz da Bahia: única e inovadora

Rachel Reis, a talentosa cantora de Feira de Santana, na Bahia, está rapidamente se destacando no cenário musical brasileiro com sua voz única e estilo inovador. Com uma carreira ascendente, Rachel traz um frescor vibrante à cena musical nacional.

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Rachel Reis. Crédito: Divulgação

Nascida e criada em Feira de Santana, Rachel Reis cresceu em um ambiente culturalmente rico, onde a música sempre desempenhou um papel central. Desde cedo, ela demonstrou uma paixão inabalável pela música, influenciada pela diversidade sonora da Bahia, que inclui uma rica mistura de ritmos afro-brasileiros e tradições sertanejas.

“Comecei cantando em barzinhos e em pequenos eventos. Após muitos anos nesse processo, abandonei a noite e lancei minhas músicas autorais. Com certeza, a maior inspiração foi minha mãe, que era cantora de seresta. Então, cresci vendo ela e minha irmã, que também é cantora, fazendo shows”, recorda-se a cantora.

Seu primeiro  álbum, “Meu Esquema”, é uma mistura envolvente de ritmos e influências, sendo  amplamente elogiado por sua originalidade e autenticidade.

“Os desafios existem e eles se alteram com o passar do tempo, desde os artísticos até os rotineiros. Mas eles também são importantes pra minha evolução enquanto artista. O aprendizado é constante e diário”, afirma Raquel, que já coleciona sucessos como “Maresia”e “Lovezinho”.

Rachel vê em “Meu Esquema” um marco em sua carreira e um convite para que o público experimente a riqueza e a diversidade da sua música.

Serviço

Festival CoMA
Até domingo (11/08), no CCBB Brasília (SCES Trecho 02 Lote 22 Ed. Tancredo Neves).
Ingressos: na bilheteria digital e física do CCBB, a partir de R$ 15.
Classificação indicativa: 16 anos, a partir das 15h nos dias 10 e 11 de agosto.
Confira o dia e horário das atrações no Instagram: @festivalcoma.

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