O mês de junho se consolida como o período mais aquecido para as bandas de forró no Brasil. Com a temporada de festas juninas espalhadas por todas as regiões, especialmente no Nordeste e no Centro-Oeste, grupos dedicados ao gênero chegam a realizar até 40 apresentações em apenas 30 dias, aproveitando o maior pico de visibilidade e lucratividade do ano.
Segundo dados do Observatório da Cultura Brasileira, houve um aumento de 65% na contratação de bandas de forró em junho de 2024 em comparação à média dos outros meses. Esse crescimento acompanha a força das festas de São João, que reúnem milhões de pessoas em grandes eventos populares. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste concentram a maior parte da demanda, mantendo o ritmo como peça central das celebrações.
Um dos destaques dessa temporada é a banda Só Pra Xamegar (SPX), com mais de 20 anos de carreira. Fundado em 2003, o grupo brasiliense é referência no Centro-Oeste e se destaca por aliar tradição a uma sonoridade própria, com letras que abordam temas como o amor, o cotidiano e a vida popular. “Essa história é feita de persistência e versatilidade. Já vimos muitas ondas musicais passarem, e nós seguimos firmes, com o mesmo propósito de emocionar e animar as pessoas com aquilo que acreditamos: a força do forró feito com verdade”, destaca Bruno Rios, um dos líderes da banda ao lado do vocalista Diogo Henrique.
Durante junho, o SPX intensifica sua agenda com apresentações em cidades do interior de Goiás, Minas Gerais, Bahia e capitais do Nordeste. “É um momento mágico. Tocamos quase todos os dias, às vezes até três vezes no mesmo dia. É cansativo, mas é o que a gente ama fazer”, comenta Diogo Henrique.

Outra banda que ganha destaque no período junino é a Encosta N’eu, fundada em 2005 no Distrito Federal. O trio formado por Luciano Rios (voz), Lito Roza (zabumba) e Murilo Samurai (sanfona) mistura forró pé de serra, xote e baião em apresentações energéticas que conquistam públicos em diversas regiões do país. Com quase duas décadas de estrada, a banda já se apresentou em importantes festivais e eventos culturais em estados como Pernambuco, Bahia, Goiás e Minas Gerais. “O São João representa o ápice do nosso trabalho. É quando conseguimos levar nossa arte para novos públicos e reforçar a importância do forró como expressão da cultura brasileira”, afirma Luciano.
Apesar do grande movimento no período junino, os meses seguintes representam um desafio para as bandas do gênero. De acordo com a Associação Brasileira da Música Independente (ABMI), a demanda por apresentações cai em média 70% a partir de agosto. Para manter a relevância e a sustentabilidade, muitos grupos buscam alternativas como a produção de conteúdo digital, diversificação de repertório ou atuação em eventos particulares.
Mesmo com essas dificuldades, artistas seguem firmes no propósito de manter o forró vivo o ano inteiro. “O forró é muito maior do que um gênero sazonal. Ele fala de identidade, de povo, de memória. E é isso que nos move, mesmo quando o palco não está montado”, reforça Bruno Rios. Já Luciano resume: “Embora junho seja o auge, a chama do forró continua acesa durante todo o ano, seja nos grandes palcos ou na memória de quem dança ao som da sanfona.”
Só Pra Xamegar
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Encosta Neu
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