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Música

Ana Carinhanha lança “Oriki” em um mergulho sonoro por raízes e territórios

Show na Infinu apresenta o primeiro álbum autoral da artista baiana no dia 23 de novembro

Alexya Lemos

21/11/2025 5h00

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Foto: Flávia Viana/ Divulgação

A cantora, compositora e multi-instrumentista baiana Ana Carinhanha chega no DF para lançar, pela primeira vez, um trabalho inteiramente autoral. O álbum “Oriki” será apresentado ao público em um show no dia 23 de novembro (domingo), no Espaço Infinu. A entrada é livre para os primeiros 70 espectadores. A apresentação reúne a formação completa da banda da artista, denominada A Experiência Oriki, que leva ao palco a sonoridade integral do disco.

“Oriki” propõe uma travessia musical que une formação clássica, delicadeza poética e a força da música popular brasileira, especialmente a nordestina. Para Ana, a criação artística nasce de um lugar essencial. “Eu sempre acabei tratando a arte como um espaço de existência, um espaço de poder existir através daquilo que eu penso, daquilo que eu consigo elaborar e criar. Muitas vezes é um refúgio, uma resistência… é uma expressão de uma pulsão de vida mesmo”, afirma.

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Foto: Flávia Viana/ Divulgação

O título do álbum, de origem iorubá, remete a versos e orações que exaltam histórias, feitos e divindades, conceito que atravessa o trabalho da artista. A baiana conduz suas composições como celebrações de si, de seus territórios e de suas vivências. “Esse álbum é algo que vai muito além de uma perspectiva de entretenimento, é mesmo uma busca de conexão com as minhas raízes, com as coisas que eu acredito”, afirma. Ela cita a presença marcante de lugares por onde passou: “Tem muito de Caetité, de Salvador, da Bahia, mas também tem muito do Rio de Janeiro, de Brasília, de Bruxelas”.

Entre pulsões, territórios e crítica

O repertório do show transita por samba, forró, maracatu, reggae e rock, sempre com a sofisticação do jazz. Para Ana, essa mistura não é apenas estética: é política, sensível e afetiva. “Eu espero que conecte as pessoas com as suas pulsões, essas pulsões de vida, o que elas gostam de fazer”, diz. A artista deseja que a obra provoque reflexão: “Quero que elas reflitam sobre a condição existencial, se estão fazendo o que gostam. Tem um misto de celebração e de alegria e, ao mesmo tempo, de conexão e de crítica”.

Radicada na capital, a cantora reconhece a importância da cidade na construção de seu trabalho. “Acho que a música tem esse poder de conectar as pessoas, então acho que é um agradecimento também a Brasília, essa cidade que me recebeu”. E completa: “Eu gosto de falar que Brasília é a encruzilhada central do Brasil, então espero que as pessoas consigam mergulhar nesse universo de emoções e territórios e ancestralidade”.

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Foto: Musse Fotos/ Divulgação

Mais do que um show, Ana deseja oferecer uma experiência sensorial e afetiva. “Quero que seja um momento muito forte, muito único, e que as pessoas se sintam bem”, diz. Ao público, deixa um convite: sentir, viver e compartilhar as histórias que atravessam o disco. “Espero que eles sintam as emoções, alegrias e histórias que eu conto nesse álbum… que se sintam livres, me sintam de verdade”.

Serviço
Lançamento do álbum“Oriki” de Ana Carinhanha

Quando: 23 de novembro de 2025 (domingo), às 20h
Onde: Espaço Infinu – CRS 506, Bloco A (Asa Sul)
Entrada: gratuita para os primeiros 70 espectadores
Classificação indicativa: livre

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