Camilla Sanches
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Idealizado pelo saxofonista Leo Gandelman, que também assina a direção artística, o Projeto Quadrilátero entra na sua terceira e penúltima semana com a apresentação, desta vez, de um quarteto de cordas de arco. Os artistas dividem o Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Sul) hoje em dois horários. Às 13h, de graça, e às 21h, a preços populares.
O grupo é formado pelos músicos Jaques Morelembaum e Lui Coimbra, no cello; e Nicolas Krassik e Ricardo Herz, no violino. “O projeto caracteriza-se, justamente, por apresentar encontros inusitados entre representantes da nossa música, que dificilmente ocupam o mesmo palco”, observa Gandelman. “São encontros inéditos de instrumentistas renomados nomes da música popular brasileira”, acrescentou.
A ideia surgiu, segundo ele, depois de um primeiro show, onde Gandelman e outros três saxofonistas (Paulo Moura, Nivaldo Ornellas e Mauro Senise) se apresentaram, no Festival de Inverno do Rio de Janeiro. “Fiquei muito feliz com o resultado e percebi que podia torná-lo maior com a participação de outros artistas e instrumentos diferentes”, lembra.
“O resultado é esta série de quatro encontros, que representam quatro famílias de instrumentos, durante quatro semanas, o que justifica o nome quadrilátero”, explica ele. Seguindo a proposta, já passaram pelo CCBB Brasília o quarteto de saxofones e o de cordas dedilhadas, na última terça-feira.
O show
O show é dividido em duas partes. Na primeira, os instrumentistas apresentam-se individualmente com duas músicas de livre escolha. Ao lado deles, a Banda Base, formada por David Feldman (piano), Alberto Continentino (baixo) e Renato Massa (bateria), os acompanha. Por fim, os quatro voltam ao palco para tocar versões de Tom Jobim (Outra Vez) e Hermeto Pascoal (O Ovo). “Quem for vai poder comprovar a qualidade dos músicos”, promete o diretor artístico.
O francês Nicolas Krassik – radicado no Brasil desde 2001 – vai apresentar Deixa a Menina, de Chico Buarque, e Cordestinos, composição de sua autoria. “Conheço e admiro o trabalho dos quatro. Somos instrumentistas de corda de arco, gostamos de tocar música popular. Creio que será um encontro satisfatório”, considera ele, que escolheu o Rio de Janeiro para viver. “A música me prendeu aqui”, diz. O artista conta que foi para estudar e se sentiu em casa. “Queria fugir do frio. O Rio me encantou e me acostumei ao calor.”
Além de Brasília, a capital carioca recebe, simultaneamente, as quatro edições do projeto, nos finais de semana, no CCBB Rio. “Espero que possa levar estes shows a outras cidades”, fala Leo Gandelman.
