Andréia Castro
Especial para o Jornal de Brasília
Livros e filmes se encontram na mostra Antologia Visual da Argetina: Cinema e Literatura, uma parceria entre o Centro Cultural Banco do Brasil e a Embaixada da Argentina, que exibe até 9 de setembro, com entrada franca, uma série de 15 filmes que retratam a relação entre películas argentinas e clássicos da literatura daquele país.
Os filmes foram divididos em três categorias: clássicos; documentários sobre Jorge Luis Borges, Julio Cortazar, Manuel Puig e Ernesto Sábato); e cinema contemporâneo da Argentina. “A mostra é um panorama dessa rica ligação que temos com as letras e a sétima arte. Somos conhecidos pela tradição de grandes escritores, e cineastas e é isso que buscamos nesse ciclo”, explica Lucas Gioja, adido cultural e curador da mostra.
Dentre os filmes que fazem parte da seleção, Gioja destaca Rosaura a Las Diez (1958), de Mauro Soficci, que será exibido hoje, às 18h. “Resgatamos verdadeiras joias como Rosaura… , que é considerado um dos melhores filmes argentinos”, diz.
Dentro da retrospectiva histórica, há também o ganhador do Urso de Prata, No Habra mas Penas Ni Olvidos (1984), adaptação da novela homônima do escritor argentino Osvaldo Soriano.
No recorte contemporâneo da mostra, serão exibidos os filmes Ernesto Sábato, Mi Padre e Dormir ao Sol, ambos de 2011 e que ainda não estrearam no Brasil. Haverá também sessões do filme Las Viudas de Los Jueves, uma das produções recentes de maior bilheteria na Argentina.
“Conseguimos brincar com essa relação (entre a literatura e o cinema argentino), que muitas vezes pode ser tensa e conflitante. Nem sempre a linguagem do livro é passada com clareza para o cinema, mas quando dá certo é maravilhoso. É o caso de Dormir al Sol, baseado no romance homônimo de Adolfo Bioy Casares e que foi muito bem-recebido pela crítica argentina”, completa Gioja.