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Marreco’s Fest reúne 1,5 mil pessoas

Arquivo Geral

19/06/2011 19h52

Bruna Sensêve
bruna.senseve@jornaldebrasilia.com.br

Noite de fúria no planalto brasiliense. A décima edição do Marreco’s Fest, maior festival de metal do Centro-Oeste reuniu 1,5 mil pessoas na noite de sábado, no Clube da Imprensa, para bater cabela ao som de 15 bandas locais, nacionais e internacionais.

Uma das performances mais esperadas da noite surpreendeu: Dan Beehler, uma das grandes vozes e baterista marcante na cena do metal mundial. O ex-líder do Exciter, durante parte das décadas de 1980 e 90,  subiu ao palco após a banda brasiliense de thrash metal, Violator. 

A antiga banda de Beehler faz parte da história do rock brasiliense, pois, na primeira vez em que esteve na capital federal, em 1986, ao lado do Venom, também trouxe o primeiro show de metal internacional para o Cerrado candango. Fãs e brasilienses que curtiam rock na época lembram bem do fato, já que marcou o início de um racha entre os metaleiros e punks de Brasília. Para estragar a festa dos cabeludos, diversos moicanos teriam invadido o show e motivado um quebra-quebra.

Esse, no entanto, estava bem longe do espírito familiar que rege o Marreco’s Fest. Carolina Cunha, 33 anos, estava grávida de seis meses e acompanhada de toda família: a filha Alice Cunha, 4 anos, e o esposo Roberto Magalhães, 29 anos. Ela orgulha-se de dizer que compareceu a todas edições do festival, especialmente devido à sua amizade com criador do evento, Fábio Marreco. “Alice veio às últimas cinco edições. Na primeira tinha três meses. Ela adora porque tem brinquedos, algodão doce, pipoca e nós também porque podemos ouvir música de qualidade e rever velhos amigos do rock”, comemora.

A cada edição Alice usa uma camiseta de banda diferente. Black Sabbath, Led Zeppelin e Iron Maiden já estiveram no repertório da menina. E para quem imagina que ela é a única, engana-se. O festival que iniciou às 15h estava repleto de metaleiros mirins que se divertiam  em brinquedos pula-pula e cama elástica, além de aproveitar toda sorte de quitutes infantis.

O designer Thiago Freitas, 29 anos, conta que viu o filho maravilhar-se com as vestimentas, os cabelos longos, as guitarras distorcidas e baterias aceleradas. “Ele achou tudo muito mágico, diferente, e logo me pediu para que comprasse uma camiseta de banda para ele também”, diverte-se o pai. Matheus Freitas com apenas cinco anos de idade estampava com orgulho uma camiseta preta da banda Iron Maiden e se sentia à vontade com o som alto e pesado que vinha das caixas.

Essa era exatamente a intenção de Marreco ao criar o evento. Tudo começou com uma proposta diferente para comemorar seu aniversário, no dia 22 de junho, há 10 anos atrás. Ele convidou bandas de amigos para animar o evento que aconteceu em sua chácara, também com outros muitos amigos e familiares.

O evento cresceu e hoje tomou proporções internacionais, com atrações de peso como, Hirax (EUA), Rage (Alemanha) e Beehler (Canadá). “O som não está atrelado à juventude somente. Aqui temos crianças, adolescentes e adultos de 20, 30, 37 como eu e até 60 anos, como nossos ídolos do Black Sabbath, Deep Purple”, comemora Marreco.

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