O grupo editorial Impresa, o maior de Portugal, começa a aplicar a partir de amanhã o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que unifica as diferenças existentes entre a variação europeia da língua e a brasileira.
Em comunicado divulgado hoje, o conglomerado dirigido pelo ex-primeiro-ministro português Francisco Pinto Balsemão, espera que o processo de adaptação esteja concluído no dia 28 de junho.
O Acordo, que entrou em vigor em Portugal em janeiro após um longo processo de negociação, já foi adaptado pela agência de notícias “Lusa”, a principal em português, e pelo jornal esportivo “Record”, uma dos mais lidos do país.
Pinto Balsemão argumentou que o grupo não podia ficar alheio a este movimento porque suas publicações estão “focadas no futuro e têm nos jovens uma parte muito significativa de seus leitores e consumidores”.
A Impresa possui os semanários “Expresso” e “Visão”, a revista “Caras”, o cultural “Jornal das Letras”, a econômica “Exame”, assim como o canal televisivo “SIC”, um dos principais de Portugal.
Como o nome indica, o Acordo Ortográfico supõe mudanças de ortografia, a fim de unificar o idioma, que agora é escrito de maneira diferente nos oito países de língua portuguesa que somam mais de 230 milhões de pessoas no mundo todo.
A norma foi estabelecida inicialmente em 1990 pela Academia das Ciências de Lisboa, a Academia Brasileira de Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
No Brasil, ele entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2009, após ser ratificado em 2006 junto com Cabo Verde e São Tomé, enquanto Portugal, em meio a uma grande polêmica, o aprovou ano passado.