O tempo está se esgotando para quem deseja ver sua história registrada no primeiro livro sobre Sobradinho. Moradores, pioneiros e familiares têm até este domingo (31) para enviar relatos, fotografias e lembranças que ajudarão a compor a obra, dedicada à cidade fundada em 13 de maio de 1960. As contribuições podem ser encaminhadas pelo Instagram oficial do projeto: @historiasdesobradinho.
Mais do que um registro histórico, o livro pretende resgatar a memória afetiva e coletiva de Sobradinho. O projeto reúne testemunhos da população, além de pesquisas em monografias, acervo jornalístico e documentos do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), tornando-se também uma futura referência para professores, estudantes e pesquisadores.
“Cada contribuição é única. Se você viveu ou ainda vive Sobradinho, sua lembrança também merece estar registrada. O livro está ganhando forma, mas ele só será completo se trouxer o olhar da comunidade”, destaca o historiador Léo Barros, coordenador da iniciativa.
Até agora, dezenas de relatos já chegaram aos organizadores, revelando histórias pouco conhecidas e detalhes do cotidiano da cidade. “Essas vozes nos ajudam a entender não só como Sobradinho foi construída, mas também os desafios enfrentados por sua população”, acrescenta Barros.
A publicação é uma realização do Instituto Latinoamerica (IL), com produção da LL Produções e apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. De acordo com o presidente do IL, Atanagildo Brandolt, a obra já reúne material para os primeiros capítulos e está em fase de pré-produção. “Queremos construir uma narrativa acessível e sensível, que preserve a memória local para as próximas gerações. Cada lembrança enviada até o dia 31 é essencial para esse mosaico coletivo”, afirma.
O livro também terá versões acessíveis: uma edição pocket em braille e uma adaptação parcial em audiolivro. A distribuição será gratuita em escolas, bibliotecas, centros culturais e espaços comunitários do DF, ampliando o alcance das histórias registradas.
Para Brandolt, o projeto é urgente. “Cada pioneiro que parte leva consigo um universo de experiências que não volta mais. Se não preservarmos essas memórias agora, Sobradinho corre o risco de esquecer parte de si mesma. E uma cidade sem memória perde também identidade, pertencimento e orgulho”, reforça.