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Viva

Lirinha se apresenta hoje na cidade pelo projeto Arte e Cidadania

Arquivo Geral

23/12/2011 14h15

Camilla Sanches

 

camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

 

              Foto: Divulgação

A última vez que ele esteve por aqui foi no Festival Internacional de Teatro de Brasília, o Cena Contemporânea, em 2009, com o espetáculo musical Mercadorias e Futuro. De volta e em carreira solo, José Paes de Lira, o Lirinha – ex-líder da banda Cordel do Fogo Encantado – é a principal atração do Projeto  Arte e Cidadania, a partir das 16h, na Funarte.

 

 

Além dele, outros artistas, como Cacai Nunes, o grupo Pé de Cerrado, Gessé Lima, Luca Rodriguis e o Sistema Criolina estão entre convidados do evento, que é gratuito. Lirinha será o último a cantar e deve subir ao palco à meia-noite.

 

“Brasília fez parte das turnês do meu antigo grupo, tivemos relação intensa com a cidade, ao longo dos 11 anos em que estive à frente do Cordel”, lembra Lirinha, que deixou a banda em março de 2010. “Nosso público aqui foi construído com o tempo”, orgulha-se o fundador do conjunto pernambucano, extinto com a sua saída. 

 

A decisão de partir para a nova empreitada, sozinho, foi dele, amparada no desejo de começar algo novo.  “Queria um som diferente, outro tipo de música.” Cá está ele, para o lançamento das novidades, transpostas no disco Lira. No repertório,  12 faixas inéditas e de sua autoria, à exceção de My Life, composta pelo filho mais novo, João Paes de Lira, de nove anos – Lirinha tem outra filha de 12 anos. “A faixa é dele, autoria de letra e música e voz”, conta o pai coruja. “Ele compõe bastante e melhor do que eu.”

 

“Não colocaria uma composição dele no meu disco só pelo fato de ser meu filho”, garante. A ideia de incluir a música no CD surgiu nas gravações, para as quais o herdeiro era levado pelo pai. “Ele pediu para mostrar a canção e disse que tinha sido feita para mim. Morri de orgulho. Mas o melhor é que a minha banda também gostou.”

 

Além de João Lira, o projeto tem participações especiais. O amigo Otto, o guitarrista Fernando Catatau (da banda Cidadão Instigado), o conterrâneo Maestro Forró, o poeta Lula Côrtes e Ângela Ro Ro. “Sempre fui fã dela e tinha um sonho que ela gravasse uma composição minha”, diz. “Não nos conhecíamos. Convidei, ela aceitou e escrevi a letra para a voz dela. A melodia estava pronta”. Valete é o nome do presente para a cantora carioca, história sobre uma mulher apaixonada pela carta de baralho.

 

Homenagem

A entrada e a saída de Lula Côrtes no projeto merecem ser contadas. O artista morreu, vítima de câncer na garganta, em março passado, uma semana após gravar os instrumentos. “A voz ele não teve tempo de colocar na faixa”, diz Lirinha. Os fãs podem ouvir o poeta, parceiro de Zé Ramalho, e seu tricórdio – instrumento criado por ele  – em duas faixas de Lira.

 

Ademais, no show de hoje, Lirinha vai cantar todas as canções do álbum recém-lançado, três do Cordel do Fogo Encantado, entre elas Os Oim do Meu Amor e A Matadeira, e uma composta para a  baiana Pitty, Lágrimas Pretas. Do novo repertório, Ela Vai Dançar e Ah Se Não Fosse o Amor.  Aos 35 anos, o músico estreou a turnê em Natal e encerra a agenda deste ano, em Brasília. 

 

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