Menu
Viva

Laços culturais luso-brasileiros no Teatro Nacional

Arquivo Geral

19/02/2013 10h33

Michel Toronaga

michel.toronaga@jornaldebrasilia.com.br

 

 

Além do apreço pelo azeite e quindins, a relação entre brasileiros e portugueses tem uma longa história que data antes mesmo da independência do País. Hoje, o concerto que abre a temporada 2013 da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS) vai contar com a presença do renomado pianista lusitano Pedro Burmester. O espetáculo, que tem entrada franca, celebra o Ano de Portugal no Brasil e começará às 20h, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional (ao lado da Rodoviária do Plano Piloto).

 

“Sou um grande admirador deste País, dos seus músicos e da sua música. É um grande prazer poder tocar nessa sala tão bonita e prestigiante”, elogia o instrumentista, que já apresentou-se na capital nos anos 90.

 

Pedro nasceu na cidade do Porto e começou a tocar aos 10 anos de idade. Apaixonado por música, ele realizou mais de mil concertos solo e com orquestras. Quando perguntado sobre quais compositores nacionais ele admira, ele decide a dedo: “Não é fácil escolher entre tantos e tão bons. Villa-Lobos, Chico Buarque, João Gilberto, Egberto Gismonti e Tom Jobim são expoentes máximos da música deste País e músicos de dimensão universal”, acredita o convidado internacional, que depois tocará no Rio de Janeiro e em São Paulo.

 

Instrumental

Pedro vai se apresentar ao lado da orquestra fundada pelo maestro Cláudio Santoro. “Aqui em Brasília vou tocar o concerto para piano e orquestra de Robert Schumann, compositor alemão do século 19, que representa o culminar da época romântica na Europa”, antecipa. “Schumann era um homem de excessos, de paixões, e nesta obra todo seu talento e saber são colocados a serviço da emoção, construindo um íntimo relacionamento entre o piano e a orquestra”, explica.

 

João Pignatelli, conselheiro cultural da Embaixada de Portugal, justifica o porquê de Burmester ter sido chamado para representar o país europeu: “Foi uma escolha partilhada com o maestro que dirige a orquestra, e teve como critério toda a trajetória artística do pianista, a dimensão e qualidade reconhecida da sua vasta obra”.

 

Semelhanças que interligam os dois países

Sobre Brasil e Portugal, o conselheiro João Pignatelli vê “vínculos e laços cada vez mais fortes entre os dois países, que têm uma história e uma língua em comum”. Pedro concorda: “Brasil e Portugal são, de fato, países irmãos, quase gêmeos. Falando a mesma língua, partilhando uma parte significativa da história e tendo sido um português a declarar a independência do Brasil, isso tudo nos une para sempre.”

 

As comemorações continuam durante 2013. Em Brasília, a atriz portuguesa Maria de Medeiros ainda está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul), com o espetáculo teatral Aos Nossos Filhos. A peça será encenada até este domingo.

 

A programação completa com todas as atividades pode ser vista no site: anodeportugalnobrasil.pt

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado