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Viva

Karina Buhr canta em inauguração de espaço cultural em Águas Claras

Arquivo Geral

16/03/2012 7h04

Camilla Sanches
camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

divulgação

 

Maquiagem pesada, roupas extravagantes, cores fortes. Essas são algumas características do visual punk rock da cantora Karina Buhr, baiana criada em Pernambuco e radicada em São Paulo há oito anos. Sua música, no entanto, não segue um estilo específico. Mistura canções românticas com críticas sociopolíticas, batidas mais lentas com guitarras estridentes. Ah, a moça também tem um doce e característico sotaque.

 

Na cidade esta noite, para inaugurar o Espaço Soma Cultural (localizado num sítio entre Águas Claras e Taguatinga), a nordestina vai apresentar o repertório do segundo álbum de sua carreira, Longe de Onde, lançado no ano passado. “Sempre cantei e toquei percussão, mas nunca tive isso de quero ser cantora. Queria fazer música, teatro cinema…”,  conta, sobre o início da carreira, em 1992.

 

A primeira composição foi O Trem, gravada no disco de estreia da Comadre Florzinha, primeira banda em que trabalhou. Karina experimentou, também, a vertente cênica, em 2003, quando se mudou para a capital paulista para integrar a trupe do Teatro Oficina, a convite do diretor José Celso Martinez.

 

“Gosto muito de atuar e sinto saudade, mas o Oficina exige extrema dedicação e eu não consigo fazer as duas coisas ao mesmo tempo”, comenta Karina Buhr sobre a decisão de deixar os palcos teatrais.

 

Logo mais, no Espaço Soma, ela apresenta as 11 faixas do novo trabalho, como Cara Palavra, Não Me Ame Tanto e Guitarristas de Copacabana, além de alguns sucessos do disco anterior, Eu Menti Pra Você. “Não gosto de limitar os temas das minhas composições, falo de muita coisa, mas prefiro não fechar nada”, observa a artista, que admite influência de rock’n’roll, pop rock, punk, frevo, maracatu e ciranda, entre outros ritmos, na sua música.

 

Inicialmente percussionista, a cantora revela que essas referências aparecem naturalmente na sua produção: “Não me sinto obrigada a misturar tambor de ciranda com a guitarra. Nesse show ainda não  incluí percussão, mas talvez inclua mais pra frente, quando  considerar natural inserir”. No palco, ela tem uma banda formada pelos músicos Bruno Buarque (bateria), Mau (baixo), o veterano Edgard Scandurra, ex-Ira (guitarra),  Fernando Catatau, líder da banda cearense Cidadão Instigado (guitarra), Guizado (trompete), e André Lima (teclados).

 

O Projeto Soma Cultural tem apoio do Fundo do Apoio à Cultura do DF, o FAC, e integra música, artes cênicas e visuais. Em 2012 serão realizados dez edições. Na abertura do show, quem esquenta o público são os brasilienses do Satanique Samba Trio. As picapes no fim da noite ficam com o DJ Lucio K. 

 

Enquanto acontece a programação musical, a plateia vai interagir com performances cênicas do Coletivo Palavra e com pinturas ao vivo da artista Cida Carvalho. As VJs Soma e Moll projetam imagens ao vivo em arcos flutuantes de papelão que servirão como telas de projeção. As atrações serão transmitidas ao vivo, via Live Stream. Esta não é a primeira vez que o projeto acontece. Entre 2006 e 2009, foram 15 edições independentes em Taguatinga, com poetas, artistas visuais e músicos.

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