Na esteira do sucesso da ópera Carmen de Bizet, que abriu o Festival, a programação continua com outra atração imperdível: um concerto em homenagem aos compositores Giuseppe Verdi e Richard Wagner nos dias 25 e 26 de junho. “Neste ano comemoram-se os 200 anos do nascimento destes dois grandes nomes da música clássica que têm uma forte visão operística”, comenta o maestro Cláudio Cohen, que assina a direção geral do evento.
O programa do concerto inclui a “Grande Marcha Triunfal”, da ópera Aída; “Ave Maria”, da ópera Otello; a abertura da ópera A Força do Destino; as árias “Ella mi fu rapita” e “La donna e mobile”, da ópera Rigoletto, “Lungi dalei – dei miei bollenti spiriti”, da ópera La Traviatta, e “Ma se m’è forza perderti”, da ópera Un Ballo in Maschera; e o coro “Va Pensiero”, da ópera Nabucco, entre outros trechos – todos de Verdi. De Wagner, o programa traz trechos da abertura da ópera Os Mestres Cantores de Nuremberg e Rienzi, além de árias de Tristão e Isolda, entre vários outros.
Cláudio Cohen adianta que o concerto terá a participação de coro, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) e de quatro consagrados solistas: a croata Dupravka Separovic-Musovic, eos brasileiros Janette Dornellas, Homero Velho e Hélenes Lopes.
OLGA – Na sequência do concerto, a programação do III Festival de Ópera de Brasília apresenta a saga de Olga Benário e Luiz Carlos Prestes na ópera Olga, de Jorge Antunes, que fecha o Festival sob a regência de Mateus Araújo. Esta é a primeira vez que a ópera – que estreou em São Paulo em 2006 – é montada em Brasília.
No elenco, Martha Herr é Olga; Adriano Pinheiro é Luiz Carlos Prestes; Homero Velho é Filinto Müller; e
Cris Dantas é Carmen Ghioldi. “Durante décadas, acalantei a ideia de compor uma ópera com a saga de Olga Benário”, afirma Antunes, ressaltando que o libreto de sua obra foi escrito em parceria com Gerson Valle e é baseado no livro de Ruth Wainer – e não na biografia de Fernando Morais. Apesar de a abordagem política ser importante em Olga, Antunes não deixou de lado o amor entre Olga e Prestes. No segundo ato o compositor faz um paralelo entre as histórias de amor de Prestes e Olga e Tristão e Isolda. “O amor dos dois casais surgiu em uma viagem de navio: Tristão levava Isolda para o Rei Mark, mas um filtro do amor a bordo acrescentou novos rumos à história; Prestes levava Olga para a revolução brasileira, mas um coquetel a bordo acrescentou novos rumos à história”, explica Antunes, completando: “Neste ato uso muitas citações de Wagner”.
O diretor do Festival, Cláudio Cohen, celebra a apresentação de Olga em palcos brasilienses. “Escolhi encerrar o Festival com esta ópera, porque ela valoriza o talento local”, afirma.
III Festival de Ópera de Brasília – De 12 de junho a 7 de julho. Na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, sempre às 20h. Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Informações: (61) 3325-6232 ou 33256256 (bilheteria e no site ingressos.com).
Concerto em homenagem a Wagner e Verdi – Dias 25 e 26 de junho.
Olga – Dias 3, 5 e 7 de julho.