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História de narcotráfico entre judeus ortodoxos encanta crítica

Arquivo Geral

26/05/2010 17h39

“Holy Rollers”, um filme sobre o narcotráfico em uma comunidade de judeus ortodoxos em Nova York, com roteiro de Antonio Macía, um jovem americano com raízes na Argentina e Chile, ganhou grande parte da crítica após triunfar no Festival de Sundance.

Jornais como “The New York Times” e “Los Angeles Times” aplaudiram a coragem da proposta e a crueza de uma história cujos ambientes urbanos lembram “Caminhos Perigosos” (1973), um dos primeiros trabalhos de Martin Scorsese.

“É uma comparação adequada”, disse Macía à Agência Efe. Nascido em Connecticut há 31 anos, ele tem pai argentino e mãe chilena.

“Queria retratar Nova York com as diferentes culturas que se cruzam por aqui e seguindo um tipo que trata de conduzir sua espiritualidade enquanto luta uma batalha interna em seu coração”, acrescentou.

O filme dirigido por Kevin Asch chegou de forma limitada na semana passada a três cinemas dos Estados Unidos, onde teve uma arrecadação de US$ 40 mil, mas o número de cópias em exibição irá aumentar até conseguir uma estreia mais ampla a partir do dia 4 de junho.

“Holy Rollers”, ainda sme título em português, é baseado em fatos que aconteceram no final dos anos 1990 quando membros da comunidade judaica ortodoxa foram recrutados para trazer êxtase da Europa para os Estados Unidos.

O elenco conta com Jesse Eisenberg, Justin Bartha e Danny Abeckaser.

O jovem protagonista, que viveu toda a vida em uma família ortodoxa, se vê envolvido nessa trama enquanto aguarda seu casamento arranjado e estuda para se transformar em um rabino.

“Todos tivemos que pesquisar muito”, comentou Macía. “Me fascinou contar a história do ponto de vista do jovem, de alguém dentro dessa cultura, e não o inverso. É a realidade do jovem olhando o mundo secular do exterior”, acrescentou.

Macía sabe do que fala. Ele foi educado na religião católica e depois abraçou a fé mórmon, o qual o obriga constantemente a não julgar esses personagens.

O diretor de “Holy Rollers”, Asch, que a princípio era o produtor, topou com outro dos textos do jovem Macía, ficou impressionado e decidiu contratá-lo para o filme.

“O povo fica calado, pensando na mensagem. Não é preciso ser um judeu ortodoxo para entender a história. Nos perguntamos onde estamos na vida; estamos onde queremos? E como podemos retornar para o caminho correto”, explicou o roteirista.

A sintonia entre Asch e Macía foi tanta que eles já preparam outro projeto em comum: “Kings Highway”, sobre as andanças de um ex-agente do Mossad que forma um sindicato criminoso pouco depois de chegar a Nova York nos anos 1980.

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