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Viva

Grupo mexicano estreia peça em Brasília

Arquivo Geral

24/08/2011 8h22

 

Camilla Sanches
camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

 

 

Um homem tenta atravessar a fronteira do México com os Estados Unidos. Seu corpo se perde no deserto e seu paradeiro torna-se desconhecido. “Ele não é um personagem só. Mas todos. Todos os imigrantes que tentam fazer esta difícil e, muitas vezes, trágica travessia para as terra da América”.  A descrição é do diretor Jorge Vargas e o espetáculo é Amarillo, do grupo mexicano Teatro Línea de Sombra, fundado em 1993 com foco na pesquisa das diferentes linguagens cênicas contemporâneas. Eles estreiam na capital federal hoje, onde ficam em cartaz até sexta-feira, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional, dentro da programação do Festival Cena Contemporânea.

 

 

A companhia é uma das mais reconhecidas do México por suas criações no teatro visual, multidisciplinar e pela encenação de dramaturgos contemporâneos. 

 

 

No palco, um homem e uma mulher de rostos diversos, centenas de milhares de identidades que configuram a imagem de um povo em constante êxodo. “É uma peça que fala sobre a ausência, uma tentativa contínua, um corpo ausente, que desapareceu e, sendo assim, não se pode tocá-lo”, observa o diretor. Este homem que atravessa o deserto é um imigrante, vivido pelo ator Raúl Mendoza. Ele está a caminho de Amarillo, no Texas (EUA). “Não se sabe se ele está vivo ou morto. Se é sonho ou realidade”, provoca Vargas.

 

 

Montagem Local 

 

 

A produção do grupo brasiliense Teatro do Instante, Pulsações, dirigida por Rita Castro, será apresentada hoje e amanhã no Teatro Goldoni. O texto foi inspirado na obra de Clarice Lispector e coloca em cena personagens das crônicas jornalísticas que a autora assinou ao longo da vida. “Preservamos a palavra da escritora e as  expressões usadas nos textos dela”, conta a diretora do espetáculo.

 

 

Segundo ela, a montagem – que integra teatro, literatura, música, arte computacional e vídeoarte – é composta por fragmentos de Clarice em um ambiente onírico, propondo uma viagem sensorial aos espectadores, restritos ao um público de 28 pagantes. “Eles são convidados a participar desse sonho”, diz Rita. Este é o primeiro espetáculo do grupo, criado em 2009, e sua estreia foi na Casa de Cultura da América Latina, ano passado, onde realizou 48 apresentações.

 

 

As duas peças são recomendadas para maiores de 12 anos. A noite reserva outras cinco produções teatrais, entre nacionais e estrangeiras (Confira ao lado).

 

 

Hoje, às 17h e 20h, Pulsações, no Teatro Goldoni; às 18h, Rá!, no Teatro CCBB; às 19h30, Vida, no Teatro Funarte Plínio Marcos; às 20h, Que Ruído Tan Triste Es El Que Hacen dos Cuerpos Cuando se Aman, no Teatro Garagem; às 20h, Ni Ogros ni Princesas, no Teatro da Caixa; às 21h, Sua Incelença, Ricardo III, na Praça do Museu Nacional da República; e às 21h, Amarillo, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional. Ingressos:  R$ 16, a inteira (exceção para peças no CCBB, por R$ 15, a inteira).

 

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