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Fundo Cultural do Mercosul falta ser aprovado pelos Congressos brasileiro e venezuelano

Arquivo Geral

23/11/2012 17h54

 Dois anos após ser criado, o Fundo Cultural do Mercosul, que financiará  projetos e programas que fomentem a criação e circulação de expressões culturais latino-americanas, ainda precisa ser aprovado pelos Congressos brasileiro e venezuelano. Os outros dois estados partes do bloco, Uruguai e Argentina (Paraguai está temporariamente suspenso), já aderiram. Ainda será decidido como entrarão os estados associados: Colômbia, Equador, Chile, Peru e Bolívia.

 

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse que é preciso selecionar temas e focos para não “pulverizar os poucos recursos do fundo”. “Podemos escolher dois temas por ano”, disse Marta, durante a 35ª Reunião de Ministros da Cultura do Mercosul, realizada hoje (23), no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

O Conselho do Mercado Comum, órgão deliberativo do Mercosul, criou, em dezembro de 2010, o Fundo Cultural do Mercosul, que visa a financiar projetos culturais de instituições não governamentais que facilitem a integração do conjunto de países pertencentes ao bloco. O fundo terá valor inicial de US$ 1 milhão e cada país membro contribuirá proporcionalmente de acordo com seu Produto Interno Bruto (PIB).

 

O secretário de Cultura da Argentina, Jorge Coscia, propõe que mais livros de história e literatura latino-americana sejam intercambiados entre os países do Fundo Cultural do Mercosul. “Um dos fatores contrários à integração tem a ver com a escassez de materiais editoriais comuns. Temos um desconhecimento de nossos próprios relatos. [Nós argentinos] não conhecemos a história do Brasil, por exemplo”, disse Coscia.

 

Marta disse que a Fundação Biblioteca Nacional traduz autores brasileiros para outras línguas a pedido de editores e ofereceu o serviço aos países do Fundo Cultural do Mercosul.

 

“Nós tivemos um avanço grande na política a ser adotada, a percepção do conceito que é a identidade do Mercosul possível, a cultural. Até então não tinha um consenso. A partir dele, como nós vamos apresentar a cultura que nos une, a luta de nossos povos, culturalmente colonizados, criamos identidade nacional e internacional”, disse Marta.

 

No encontro, a assessora internacional do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Cynthia Uchoa, apresentou a proposta de criação dos Mercomuseus, que funcionariam como o Programa Ibermuseus, uma iniciativa de cooperação e integração dos países ibero-americanos para o fomento e a articulação de políticas públicas para a área de museus e da museologia.

 

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    Arquivo Geral

    23/11/2012 16h51

    Dois anos após ser criado, o Fundo Cultural do Mercosul, que financiará  projetos e programas que fomentem a criação e circulação de expressões culturais latino-americanas, ainda precisa ser aprovado pelos congressos brasileiro e venezuelano. Os outros dois estados partes do bloco, Uruguai e Argentina (Paraguai está temporariamente suspenso), já aderiram. Ainda será decidido como entrarão os estados associados: Colômbia, Equador, Chile, Peru e Bolívia.

    A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse que é preciso selecionar temas e focos para não “pulverizar os poucos recursos do fundo”. “Podemos escolher dois temas por ano”, disse Marta, durante a 35ª Reunião de Ministros da Cultura do Mercosul, realizada hoje (23), no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

    O Conselho do Mercado Comum, órgão deliberativo do Mercosul, criou, em dezembro de 2010, o Fundo Cultural do Mercosul, que visa a financiar projetos culturais de instituições não-governamentais que facilitem a integração do conjunto de países pertencentes ao bloco. O fundo terá valor inicial de US$ 1 milhão e cada país membro contribuirá proporcionalmente de acordo com seu Produto Interno Bruto (PIB).

    O secretário de Cultura da Argentina, Jorge Coscia, propõe que mais livros de história e literatura latino-americana sejam intercambiados entre os países do Fundo Cultural do Mercosul. “Um dos fatores contrários à integração tem a ver com a escassez de materiais editoriais comuns. Temos um desconhecimento de nossos próprios relatos. [Nós argentinos] não conhecemos a história do Brasil, por exemplo”, disse Coscia.

    Marta disse que a Fundação Biblioteca Nacional traduz autores brasileiros para outras línguas a pedido de editores e ofereceu o serviço aos países do Fundo Cultural do Mercosul.

    “Nós tivemos um avanço grande na política a ser adotada, a percepção do conceito que é a identidade do Mercosul possível, a cultural. Até então não tinha um consenso. A partir dele, como nós vamos apresentar a cultura que nos une, a luta de nossos povos, culturalmente colonizados, criamos identidade nacional e internacional”, disse Marta.
     
    No encontro, a assessora internacional do Ibram, Cynthia Uchoa, apresentou a criação dos Mercomuseus, que funcionariam como o Programa Ibermuseus, uma iniciativa de cooperação e integração dos países ibero-americanos para o fomento e articulação de políticas públicas para a área de museus e da museologia.

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