Após ter sido adiado por um pedido do Ministério da Cultura (MinC), o Festival Rolla Pedra Música de Brasília começa hoje e compila em seus três dias de programação um revival da história dos anos 80, 90 e 2000 na cena roqueira da capital.
Em sua terceira edição, o festival mantém o espírito do antigo Teatro Rolla Pedra, da década de 1980, que fomentava a música feita na cidade e deu origem ao nome do evento. Assim como o Ferrock e Porão do Rock, o Rolla Pedra é uma das iniciativas culturais que mais dá espaço aos artistas locais.
“Estamos fazendo a nossa homenagem para a cidade. São 50 bandas para os 50 anos de Brasília. Buscamos representar as três décadas mais importantes da nossa música”, avalia Kennedy Bitencourt, organizador do festival. “O Rolla Pedra é um caldeirão cultural que reúne pessoas interessadas na música, no que acontece na cidade. A gente faz tudo pensando em preservar e gerar bandas de qualidade”, justifica.
Serão dois palcos túneis com uma programação de gêneros musicais ecléticos, que vão do metal e vertentes do rock ao MPB e modernas fusões musicais. As bandas que compõem a programação são nomes representativos da cena independente local e nacional – 43 brasilienses e sete de outros estados.
Entre elas está a Little Quail and The Mad Birds, uma das principais bandas brasilienses dos anos 90. “É sempre bom voltar para a minha cidadezinha natal”, lembra o vocalista e guitarrista do Quail, Gabriel Thomaz.
Apesar de atualmente morar no Rio de Janeiro, onde lidera a banda Autoramas, Gabriel continua ligado nas novidades musicais da capital. “O Móveis é uma grande banda, um exemplo! Tem muita coisa legal na cena musical de Brasília. O Galinha Preta mesmo, eu levei umas camisetas deles para a Europa e vendi todas, eles fazem sucesso”, diz. As duas bandas citadas tocam no evento.
Sobre a produção cultural, o vocalista também observa uma boa mudança: “Sabe uma coisa bonita? Hoje em dia as bandas não precisam sair de Brasília, não precisa ficar longe da família, dos amigos, ficar longe da galera e perder a arte e atmosfera do lugar que te inspirou. Na minha época quanto mais sucesso a gente ia alcançando mais significava que você ia sair da cidade.”
O festival contará em seu programa, e pela primeira vez em Brasília, com a elogiada ópera metal SoulSpell, formada por músicos do universo metal brasileiro, como os vocalistas Edu Falaschi (Angra) e o brasiliense Mário Linhares (Dark Avenger e Harllequin). A banda fará o show de encerramento do primeiro dia. O evento será transmitido ao vivo, pela internet, pelo site do festival (www.rollapedra.com) e também pelo site da banda Móveis Coloniais de Acaju (www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br).
Festival Rolla Pedra – Nesta sexta, sábado e domingo, às 16h, na Esplanada dos Ministérios. Ingressos: 1kg de alimento não perecível. Informações: 3325-5220. Não recomendado para menores de 16 anos.
PROGRAMAÇÃO
Sexta-feira:
18h – The Squintz
18h25 – Os Maltrapilhos
18h50 – Underpain
19h15 – Red Old Snake
19h40 – Elffus
20h05 – Estamira
20h30 – Flashover
20h55 – Optical Faze
21h20 – Deceivers
21h45 – Moretools
22h10 – Harllequim
22h35 – Dynahead
23h – Madame Saatan (PA)
23h30 – Galinha Preta
0h05 – DFC
0h40 – Lobotomia (SP)
1h10 – Khallice
1h50 – Soulspell (SP)
Sábado:
16h30 – Turrón Presidencial
16h55 – Valdez
17h20 – Os The Los
17h45 – Darshan
18h10 – Nonato Dente de Ouro & O Esquadrão de Ébano
18h35 – César de Paula & Projeto S.A.
19h – Janicedoll
19h25 – Besouro do
Rabo Branco
19h50 – Johnny Suxxx and The Fucking Boys (GO)
20h20 – Orgânica (SP)
20h50 – Watson
21h15 – Suíte Super Luxo
21h40 – Trampa
22h05 – Etno
22h30 – 10zer04
22h55 – Camarones Orquestra Guitarrística (RN)
23h25 – Porcas
Borboletas (MG)
0h – Ellen Oléria
0h35 – Móveis Coloniais de Acaju
Domingo:
16h30 – Rebel Shot Party
16h55 – Electrodomesticks
17h20 – Tiro Williams
17h45 – Los Torrones
18h10 – Brow Há
18h35 – Pedrinho Grana & Os Trocados
19h – Dissônicos
19h25 – Os Dinamites
19h50 – Sapatos Bicolores
20h20 – Os Gramofocas
20h50 – Lucy and The Popsonics
21h20 – Little Quail
and The Mad Birds & Convidados
22h35 – Plebe Rude
