Camilla Sanches
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Aideia começou pequena, com uma celebração ao Dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril. Seis anos depois, o projeto ganhou fôlego e se transformou no VivaDança Festival Internacional, que, nesta edição sai de sua terra natal, Salvador, e do Teatro Vila Velha – que o acolhe desde 2006 – e percorre Brasília e Belo Horizonte (MG). A capital recebe o evento de hoje a domingo, no Teatro Plínio Marcos do Complexo Cultural da Funarte (Eixo Monumental), com a proposta de apresentar amostra da atual produção de dança de diversos países.
“Nosso objetivo era celebrar a dança, mas o apoio que obtivemos do teatro e parcerias, e graças ao público, a iniciativa cresceu e virou o que somos hoje”, conta a idealizadora e diretora artística do festival, Cristina Castro. Aos 48 anos, 30 deles dedicados à arte, a dançarina, professora e coreógrafa baiana, formada pela Universidade Federal da Bahia, começou a carreira no Balé Teatro Castro Alves e fez turnês pelo mundo, com passagens pela Europa e Ásia.
O aprendizado adquirido como coordenadora do Departamento de Dança do Teatro Vila Velha ajudou-a a desenvolver as atividades do festival, que hoje inclui em sua programação exibição de vídeos, exposições e intervenções de artes visuais, oficinas e atividades reflexivas como debates e mesas-redondas, além dos espetáculos. “Brasília vai receber parte do que foi visto em Salvador e montagens inéditas”, adianta Cristina. Segundo ela, o plano para 2013 é trazer exibições de vídeos e as oficinas.
O público poderá assistir quatro espetáculos, dois deles internacionais. Solos Stuttgart reúne apresentações com vencedores e finalistas do Internationales Solo-Tanz-Theater Festival, encontro anual, na cidade alemã de Stuttgart, de bailarinos e coreógrafos de várias partes do mundo, que participam do concurso de solos. A outra produção estrangeira é El Agujero del Avestruz, com o coreógrafo e dançarino Asier Zabaleta, da Espanha. “Fala do medo e das maneiras distintas que ele se apresenta no nosso cotidiano”, comenta a diretora artística do VivaDança. O trabalho é inédito no festival e só poderá ser visto em Brasília.
Entre as atrações nacionais, a programação traz Diálogos sobre Nijinski, da Virtual Companhia de Dança, de São Paulo. Um espetáculo fruto de pesquisa sobre a biografia do bailarino Vaslav Nijinski, conhecido por ter revolucionado o balé clássico. O grupo viajou pela França, Finlândia, Ucrânia e Rússia para embasar a interpretação que chega ao Teatro Plínio Marcos, sábado. Da Bahia, a coreógrafa Cristina Castro e o Núcleo Viladança trazem o infantil Da Ponta da Língua à Ponta do Pé, com a história de um garoto que gosta de rap e skate, mas, ao se apaixonar por uma aluna de balé, busca entender esse universo para conquistá-la.
