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Festival de Montagens Operísticas quer aproximar os jovens da ópera

Arquivo Geral

13/07/2010 18h19

Para formar um público cativo da ópera brasiliense e dissolver o preconceito contra o gênero, começa nesta terça-feira a segunda edição do Festival de Montagens Operísticas na capital federal. “Tem um público que acha que ópera é coisa para velho; é chata. Mas minha conversa é com jovens”, atesta Manuela Castelo Branco, produtora do festival, que até a quinta-feira apresenta três espetáculos, no Teatro da Caixa Cultural, com a participação de alunos e ex-alunos da Universidade de Brasília (UnB) e da Escola de Música (EMB), além de artistas que já atuam no circuito comercial.

Mais do que atrair um público que acompanha a ópera, as montagens do festival procuram aproximar a arte dos jovens, por meio de uma renovação nos cenários e nas interpretações. A escolha de duas comédias, O Telefone, de Gian Carlo Menotti, e A Serva Padrona, de Giovanni Battista Pergolesi, também foi feita visando a aproximação com uma audiência que desconhece o estilo. “É uma novidade para o público. A maior parte das óperas que são encenadas são dramáticas”, comenta Manuela.

Com o objetivo de facilitar a compreensão dos espectadores não habituados a ir à ópera, as montagens do festival investiram em alguns recursos. A obra O Telefone, por exemplo, foi traduzida do italiano para o português. Insight, com direção de Gê Martu, teve seus diálogos escritos na língua nacional. Na montagem de A Serva Padrona, a opção foi por manter as árias em italiano. Mas um telão vai mostrar legendas do que é cantado.

Formação de público – A divulgação da ópera para um maior número de pessoas também vai servir para criar um mercado para os cantores eruditos formados na cidade. Segundo Manuela, Brasília tem potencial para a produção de ópera, porque conta com dois centros de formação de cantores eruditos reconhecidos internacionalmente, a UnB e a EMB. “O que acontece é que os alunos se formam, fazem audição para as companhias internacionais e se mudam”, lamenta.

Bruno Mendonça, no entanto, foi um dos que resolveram permanecer em Brasília. Formado em Artes Cênicas pela UnB, é atualmente o diretor cênico de A Serva Padrona. Ele convida o público a conferir o trabalho dos brasilienses. “Espero que as pessoas venham prestigiar os novos talentos, são pessoas que estão investindo na carreira”, comenta.

O Festival da Montagens Operísticas foi produzido com apoio da Caixa Cultural, mas sem patrocinadores. Os cerca de 25 artistas que participam contam apenas com a venda dos ingressos. A lotação máxima é de 409 lugares. A recomendação é que os interessados comprem os ingressos com antecedência.

2º Festival de Montagens Operísticas – Dias 13, 14 e 15 de julho, às 20h, no Teatro da Caixa Cultural Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 4, anexo do edifício-matriz da Caixa Econômica Federal) Ingressos a R$ 20 (inteira).
Não recomendado para menores de 12 anos.

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