Pela primeira vez, parte da programação do VIVADANÇA Festival Internacional chega a Brasília durante a primeira semana de maio. O festival acontece há seis anos, em Salvador, em todo o mês de abril, quando é apresentada uma amostra da atual produção de dança das diversas partes do mundo. Toda a programação é dedicada às linguagens da dança e seus caminhos, refletindo as inquietações artísticas e os meios de produção, diálogo e difusão que envolvem o segmento.
Na capital federal, o VIVADANÇA acontece de 02 a 06 de maio, no Teatro Funarte Plínio Marcos, com atrações nacionais e internacionais. “A iniciativa é uma forma de criar e fortalecer redes e aproveitar melhor a vinda ao Brasil de artistas estrangeiros, para que eles se apresentem em outras capitais do país”, destaca Cristina Castro, diretora artística do festival.
Entre as atrações internacionais que serão conferidas em Brasília estão os Solos Stuttgart, da Alemanha, com vencedores e finalistas do Internationales Solo-Tanz-Theater Festival e intérpretes do Burkina Faso, México, França-Rússia, Itália e Polônia. Suas coreografias são caracterizadas pela busca de formas de expressão em linguagem de movimento individual e também por tradições culturais de sua terra natal, percorrendo temas da atualidade.
Já as atrações nacionais, a programação conta com o espetáculo Diálogos sobre Nijinski, da Virtual Companhia de Dança, de São Paulo. Com processo de pesquisa intenso e que envolveu viagens à França, Finlândia, Ucrânia e Rússia, a montagem é livremente inspirada na biografia do bailarino Vaslav Nijinski, conhecido pelo virtuosismo, mas também pela ousadia e por ter revolucionado o balé clássico com A Tarde de um Fauno, em que dançava de lado para o público e não de frente.
Outra montagem é Aroeira – Com Quantos Nós Se Faz uma Árvore, do Núcleo Viladança, da Bahia, que faz uma abordagem poética de imagens do cotidiano a partir de trilha sonora inédita – até então guardada há mais de 15 anos – de Milton Nascimento. Com coreografia de Cristina Castro, a montagem engloba referências artísticas, filosóficas, literárias e lúdicas que oferecem ao espectador a imersão numa infinidade de coisas que constituem (e também desconstroem) cada ser humano.
A programação se completa com o infantojuvenil Da Ponta da Língua à Ponta do Pé, também do Núcleo Viladança. O espetáculo integra o programa de formação artística do Viladança, tem o reconhecimento da UNESCO e já foi visto por mais de 40 mil pessoas, desde a sua estreia em 2004. Na montagem, bailarinos cantam e interpretam, para contar a história de um garoto que gosta de rap e skate, mas, ao se apaixonar por uma estudante de balé, mergulha no universo da dança.
