Andréia Castro
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Inspirado nos filmes noir da década de 1950, a comédia policial Um Sonho Pra Dois traz a Brasília os atores globais Fernanda Souza e Ricardo Pereira em duas únicas apresentações, sábado e domingo, na sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Do premiado autor Rafael Primot, o espetáculo mistura comédia, amor e mistério de forma leve e despretensiosa.
Dirigida por Michel Bercovitch, a história começa com Edu (Ricardo Pereira) e Cléo (Fernanda Souza) trancados num quarto de hotel. Ao acordarem, juntos na mesma cama, ambos tentam se lembrar como foram parar ali. A montagem é recheada de acontecimentos enigmáticos e altas doses de romance. “É um texto non-sense, muito gostoso de interpretar”, conta Ricardo Pereira em entrevista ao Jornal de Brasília. “A parceria com a Fernanda também é maravilhosa. Trabalhamos juntos na novela Aquele Beijo, e nos tornamos amigos”, explica o ator.
“O Edu é um jornalista apaixonado por tudo que faz. Ele vive intensamente”, completa Ricardo. Nascido em Portugal e radicado no Brasil desde que começou a atuar nas novelas da Rede Globo, o artista diz que, para vivenciar aquela época, viu vários filmes policiais de Hollywood das décadas de 1940 e 1950. “É uma comédia rasgada, mas também tem elementos de mistério”, destaca.
Desafio
Questionado sobre seu novo sotaque carioca, Ricardo afirma que não desaprendeu o português da terra natal. “O português brasileiro é agora mais uma das línguas que sei falar”, garante.
“Apesar de morar aqui, ainda faço alguns trabalhos em Lisboa e mantenho contato com a língua e os costumes de Portugal. Aliás, no mês que vem, vamos levar Um Sonho Pra Dois para Lisboa”, revela ele, que já estreou na televisão brasileira como protagonista em Como Uma Onda, e depois emplacou outro, em Negócio da China. Após encarar um vilão em Insensato Coração e mais um mocinho em Aquele Beijo, vive agora seu primeiro protagonista cômico em seis anos de interpretação. “Está sendo um desafio delicioso”, diverte-se.
Para Fernanda Souza, que tem 20 anos de carreira, a dramaturgia humorística não é novidade. Descoberta no SBT pelo folhetim infantil Chiquititas, a atriz se destaca quando o assunto é comédia. A caipira Mirna, na novela Alma Gêmea, e a adolescente rebelde Isadora, em Toma Lá Da Cá, de Miguel Falabella, foram alguns dos trabalhos mais marcantes e engraçados na carreira da jovem atriz.
