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Viva

Família cavernosa é a estreia do cinema

Arquivo Geral

22/03/2013 12h30

Antes se dizia que havia um tipo de animação que somente a Disney e a Pixar sabiam fazer. Uma fórmula de sucesso que permitia que tanto adultos quanto crianças gostassem de um lançamento. Depois dos medianos Detona Ralph e Valente, recentes lançamentos destes estúdios, parece que é a DreamWorks que acertou na mosca. Os Croods, que estreia hoje, é uma das melhores animações desta nova safra e une comédia e aventura num lançamento imperdível.

 

O filme mostra uma família que vive nas cavernas. Tirando os comportamentos, como a agressividade animalesca por causa da necessidade de se caçar, os Croods são como qualquer prole. Existe Grug, o pai superprotetor que não aguenta a sogra; Eep, a adolescente rebelde, o irmão idiota etc. Toda a rotina de sobrevivência muda quando surge Guy, um garoto pioneiro que inventou o fogo. Além disso, ele avisa que o mundo está mudando. E está mesmo!

 

Pontos positivos

A trama se passa no período que o planeta era conhecido como Pangeia, um único bloco de terra que foi se dividindo até se formarem os continentes como conhecemos hoje. Com isso, terremotos e outras catástrofes naturais ameaçaram a vida de muitos animais, inclusive os humanos. 

 

O longa-metragem tem direção de dois cineastas: Chris Sanders fez o conhecido Como Treinar Seu Dragão e Kirk De Micco o simpático Space Chimps – Micos no Espaço. A parceria deu certo porque o filme é completo: faz rir e se emocionar. Primeiro pelos personagens hilários, segundo pela bela lição de moral sobre a importância da união familiar.

 

Com o elenco desperdiçado

Entre as comédias brasileiras recentes, “Vai que Dá Certo” é uma das mais constrangedoras. São muitas piadas, nenhuma graça, numa equação cruel com o espectador. 

 

É triste essa constatação, pois Maurício Farias havia dirigido anteriormente o interessante, embora irregular, “Verônica”, uma releitura do grande Gloria, de John Cassavetes, com a ótima Andréa Beltrão como protagonista.

 

O filme começa com amigos chegando para uma partida amadora de futebol. Os diálogos revelam como são bobos. Após a prática do esporte, passam o resto do dia bebendo e gritando. Trabalhar? Para quê?

 

A ressaca do dia seguinte não impede a autoanálise: eles estão na pior. A loja de videogames dos dois irmãos é um fracasso, o professor de inglês não consegue dar aulas e o músico é dispensado do bar onde tocava para bêbados. 

 

Assalto

A solução, claro, é participar de um assalto. Vemos a seguir o preço da inaptidão. Eles claramente não nasceram para roubar ninguém. 

 

Estamos dentro do subgênero “comédia de assalto”, algo que um diretor como Mario Monicelli soube explorar com precisão e ironia em Os Eternos Desconhecidos (1958), clássico com Marcello Mastroianni.

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