O Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo recebe neste sábado, 25 de outubro, a partir das 16h, uma programação especial da exposição Nem tudo que é sólido desmancha no arado, do artista João Angelini. O público poderá participar de uma visita guiada com o próprio artista e a curadora Luciana Paiva. Em seguida, acontece a conversa O preço do trabalho: arte e vida material na era do capitalismo total, com os curadores Fabrícia Jordão, Felipe Caldas e Yana Tamayo.
O debate propõe uma reflexão sobre o artista como trabalhador e discute as condições laborais da arte na América Latina. Também estarão em pauta as relações entre prática artística, economia e política, além das tensões entre a produção simbólica e a sobrevivência material.
Durante o evento, será lançado o catálogo eletrônico da exposição, que celebra duas décadas de trajetória de João Angelini nas artes visuais. A entrada é gratuita e aberta a todos os públicos.
Retrospectiva inédita no território de origem
Com curadoria de Luciana Paiva e Paulo Henrique Silva, Nem tudo que é sólido desmancha no arado reúne cerca de 50 obras de Angelini em diversas linguagens — entre elas vídeo, animação, desenho, gravura, holografia, instalação e pintura. Organizadas em ordem alfabética, as obras formam uma narrativa visual que evidencia o caráter multidisciplinar do artista e a coerência conceitual de sua produção.
A mostra tem como eixo central o confronto entre a modernidade urbana de Brasília e a ruralidade colonial de Goiás, explorando seus desdobramentos históricos, políticos e ambientais. Temas como ocupação territorial, controle social, violência estrutural e ecocídio no Centro-Oeste são tratados de forma crítica e poética, com base em vivências periféricas e uma abordagem territorializada.
A escolha de Planaltina como sede da exposição tem forte carga simbólica, afetiva e política. Embora sua obra já tenha circulado amplamente em território nacional e internacional, com participações em mais de 100 exposições, 29 prêmios conquistados e obras presentes em acervos como os do Museu de Arte de Brasília (MAB), Museu de Arte do Rio (MAR), Pinacoteca de São Paulo, Museu da Fotografia de Fortaleza e Coleção Itaú Cultural , esta é a primeira vez que Angelini realiza uma mostra individual em sua cidade natal.
“Trazer essa retrospectiva para o território onde nasci é uma forma de devolver o que por tanto tempo foi extraído e circulou fora dele”, afirma o artista.
Nem tudo que é sólido desmancha no arado segue em cartaz até 23 de novembro, com visitação de quinta a domingo, das 17h às 21h. O espaço oferece programa educativo com visitas mediadas.
Serviço
Nem tudo que é sólido desmancha no arado
Quando: visitação: até 23/11, de quinta a domingo, das 17h às 21h, mediante agendamento pelo e-mail pevermelho@pevermelho.art
Onde: Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo, Av. 13 de Maio, Quadra 57, Lote 6 – Praça São Sebastião, Planaltina (DF)
Entrada gratuita