O MASP apresenta até 3 de agosto a exposição Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos, que reúne 34 arpilleras — painéis têxteis feitos com retalhos bordados sobre juta — criadas por mulheres do Coletivo Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Produzidas em rodas de bordado em diferentes regiões do Brasil entre 2014 e 2024, as peças denunciam violações socioambientais e de direitos humanos associadas à construção, operação e rompimento de barragens.
As arpilleras, técnica com origem no Chile dos anos 1960, tornaram-se símbolo de resistência durante a ditadura de Pinochet. No Brasil, o MAB adotou essa linguagem em 2013 para abordar temas como violência doméstica, desestruturação comunitária, escassez de água e energia e os impactos ambientais sobre famílias e territórios.
Cada obra é acompanhada por uma carta escrita por suas autoras, guardada em bolsos no verso, e seis dessas cartas estão expostas. A mostra integra a programação anual Histórias da ecologia e tem curadoria de Isabella Rjeille e Glaucea Helena de Britto. Também foi lançado um catálogo bilíngue com imagens das obras e textos críticos.
“Para nós, o significado político desse testemunho têxtil está na organização das mulheres e na luta por direitos”, afirma Daiane Höhn, militante do MAB.
Acessibilidade: todas as exposições contam com recursos em Libras, audiodescrição e linguagem simples. Entrada gratuita para pessoas com deficiência e acompanhante.
Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos
Onde: MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Mezanino, 1º subsolo | Av. Paulista, 1578 – São Paulo (SP)
Quando: Até 3 de agosto de 2025
Ingressos a partir de R$ 37 (meia)
Agendamento obrigatório pelo site
Horários
- Terça: 10h às 20h (entrada gratuita)
- Quarta e quinta: 10h às 18h
- Sexta: 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30)
- Sábado e domingo: 10h às 18h
- Fechado às segundas
